Jesus - a Simples Verdade

sexta-feira, 30 de novembro de 2012




Falando Sobre Crescimento na Graça


J. C. Ryle


Ryle serviu por quase 40 anos como ministro do Evangelho. Foi um escritor prolífico, um pregador vigoroso e um pastor fiel. Muitas de suas obras têm sido reeditadas e servido como fonte de instrução e consolo para o povo de Deus. A Editora Fiel publicou algumas de suas obras em português: o clássico “Santidade”; “Uma palavra aos moços”; “Fé genuína” e os quatro volumes de meditações nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João.


Quando falo sobre crescimento na graça, nem por um momento estou dizendo que os benefícios de um crente em Cristo podem crescer; não estou dizendo que o crente pode crescer em sua posição, segurança ou aceitação diante de Deus; que o crente pode ser mais justificado, mais perdoado, mais redimido e desfrutar de maior paz com Deus do que desde o primeiro momento em que ele creu. Afirmo categoricamente: a justificação de um crente é uma obra completa, perfeita, consumada; e o mais fraco dos crentes (embora ele não o saiba, nem o sinta) está tão completamente justificado quanto o mais forte deles. Declaro com firmeza: a nossa eleição, chamada e posição em Cristo não admitem qualquer progresso, aumento ou diminuição. Se alguém pensa que, por crescimento na graça, estou querendo dizer crescimento na justificação, está completamente enganado a respeito do assunto que estou considerando. Estou pronto a morrer na fogueira (se Deus me assistir), por causa da gloriosa verdade de que, no assunto da justificação diante de Deus, todo crente está completo em Cristo (Cl 2.10). Nada pode ser acrescentado à justificação do crente, desde o momento em que ele crê, e nada pode ser removido.
Quando eu falo sobre crescimento na graça, estou me referindo somente ao crescimento em grau, tamanho, força, vigor e poder das graças que o Espírito Santo implanta no coração de um crente. Estou dizendo categoricamente que todas aquelas graças admitem crescimento, progresso e aumento. Estou declarando com firmeza que o arrependimento, a fé, o amor, a esperança, a humildade, o zelo, a coragem e outras virtudes semelhantes podem ser maiores ou menores, fortes ou fracas, vigorosas ou débeis e podem variar muito em um mesmo crente, em diferentes épocas de sua vida. Quando eu falo sobre um crente que está crescendo na graça, estou dizendo apenas isto: os sentimentos dele em relação ao pecado estão se tornando mais profundos; a sua fé, mais forte; a sua esperança, mais brilhante; o seu amor, mais abrangente; sua disposição espiritual, mais sensível. Este crente sente mais o poder da piedade em seu próprio coração; manifesta mais piedade em sua vida; está progredindo de força em força, de fé em fé, de graça em graça. Deixo que outros descrevam a condição de tal crente, utilizando as palavras que lhe forem agradáveis. Eu mesmo penso que a melhor e mais verdadeira descrição de tal crente é esta: ele está crescendo na graça!

Jesus - A Simples Verdade

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O Fermento dos Fariseus e Saduceus


 VIDA CRISTÃ


Jesus - A Simples Verdade

MATEUS 16.5-12

Introdução
O fermento é presente em todas as nossas vidas, tanto figura quanto literalmente.
Literalmente sabemos que o fermento, mesmo invisível, é presente. O padeiro quando quer fazer pão italiano faz uma massa sem fermento e deixa descansar no ar livre para ser fermentado naturalmente. O fermento no ambiente e no ar livre é suficiente para que a massa do pão italiano cresça. Assim prova que o fermento está em todo lugar.
Figurativamente sabemos que o fermento está em todo lugar pois o homem, com a sua natureza pecaminosa, junto com seu coração enganoso, está junto dele em todo lugar que ele for. Entenderemos melhor como o homem é igual ao fermento, logo logo.
O Significado da Palavra "Fermento"
A palavra “fermento” aparece treze vezes no Novo Testamento como substantivo (#2219, Strong’s) e quatro vezes como verbo (#2220, Strong’s). Outras nove vezes as palavras “pães azimos”, ou seja, pão não fermentado (#106, Strong’s) estão usadas no Novo Testamento.
A Natureza do Fermento
A natureza do fermento, tanto literal quanto figurativamente, aumenta o tamanho de algo. A aparência é feita maior, aparecendo melhor e mais valioso. Todavia, o aumento que o fermento faz em algo não é um aumento de substância. A massa não está acrescentada. Se pesássemos a massa do pão antes de ser fermentada e anotássemos o peso, e, depois de ser fermentada, a massa fosse pesada novamente, creio eu, o peso do pão fermentado seria muito semelhante ao peso da massa antes de adicionar o fermento. O fermento faz que a massa enche-se mas não com substância. O efeito do fermento no pão é bom para o pão, mas não é bom como qualidade para os Cristãos.
No nosso texto Jesus advertiu os seus discípulos de acautelai-vos do fermento dos Fariseus e dos Saduceus. Os discípulos não perceberam a razão da advertência. Vamos entender um pouco mais sobre o fermento no uso Bíblico para que possamos acautela-nos deste fermento.
O Fermento nas Escrituras
I Co. 5.6-8 – ‘fermento velho’ representa o tempo de estar dominado pelo pecado; viver segundo as concupiscências dos olhos, da carne, do soberba da vida.
Gl. 5.7-9 – fermento usado no contexto daquilo que impede o crescimento espiritual.
Mt 16.5-12 – nosso contexto o fermento é usado para representar a carnalidade entre os que líderes religiosos.
Ex 12.15-20 – A instituição da Páscoa quando o fermento é tirado das casas por sete dias (v. 19), / I Co. 11.17-30 – A instrução da Ceia do Senhor com admoestações de não comer indignamente, ou seja com pecado reinando na vida.
Mt. 13.33 – O Reino de Deus tem os que dizem ser ‘filhos do Reino’ mas são somente ‘filhos’ em aparência.
Acautelai-vos do Fermento dos Fariseus e Saduceus – A Sua Doutrina, Vista na Prática
Jesus estava advertindo os Seus discípulos da doutrina dos Fariseus (v. 12). Os Fariseus e os Saduceus confiaram muito em aparências. Para eles “Tanto maior que aparenta, melhor”. Pensaram: Maior o conhecimento das Leis e da Historia judaica, então maior o seu valor. Tanto mais correções eles poderiam derramar os outros, mais a aparência da sua própria retidão fosse assumida. Tanto mais publico o seu senso de devoção, mais perto parecia o seu andar perto diante de Deus. Mais branco as suas vestes, maior santidade quiseram aparentar. Maior o numero de vitórias nos debates, melhores esperavam evidenciar. Mas tudo isso Jesus quis advertir e acautelar os Seus discípulos para que não se assemelhassem a eles.
Os Fariseus e os Saduceus com toda a cerimônia gloriosa, a tradição rígida e o conhecimento detalhado, não eram proveitosos para real edificação ou para a evangelização da verdade. Se estufaram pelas suas astúcias e aparências e, nisso, deixaram de ter substância, ou seja, deixaram de ser úteis, de ser luz para os que andam em trevas.
Os Saduceus e os Fariseus, agindo com o seu maldito fermento, não tinham como ajudar os outros entrar no caminho estreito e nem poderiam ajudar-se a si mesmos a conhecer Cristo. Eram cheios de si mesmo ao ponto não enxergar a sua necessidade de um Salvador.
Tanto mais fermento, mais rejeição da Verdade. Estes que eram cheios de religião e auto justiças foram os próprios homens que em poucos meses enviaram uma grande multidão com espadas e varapaus para prender Jesus e leva-lo à casa do Sumo Sacerdote Caifas (Mt. 26.47-57).
Jesus advertiu os discípulos do fermento dos Fariseus e Saduceus com grande razão. Se os discípulos sentiam satisfeitos consigo mesmos, se os dons extraordinários fizessem eles pensar mais de se mesmos do que deviam, de ser auto-suficientes por serem escolhidos a mão por Jesus e ajuntados na primeira igreja do Senhor, e de pensar que tudo isso era por ter algo de mérito em si mesmos, eles seriam inúteis para a obra. Se eles ficassem cheios de si mesmos por terem a confissão correta que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, ou seja, o alicerce da igreja, eles tornariam inúteis para o povo, desagradáveis a Deus e fedorentos à causa de Cristo. Com grande razão Cristo advertiu os discípulos do fermento dos Fariseus e Saduceus. Com grande razão somos advertidos pelo que lemos nas Escrituras. Confie nas Escrituras! Não creia no seu próprio coração.
Cristo é a Páscoa que foi sacrificado pelos pecadores. Uma característica dos lares dos judeus na festa da páscoa era de ser limpos de toda e qualquer fermento (Ex. 12. 15-20). Esta cerimônia representava Cristo, sem pecado, sem mancha, sem ruga, um sacrifício puro e justo no lugar do impuro e injusto (I Co. 5.7; I Pedro 3.18). Para entrar-mos em Cristo é necessário ser lavado pelo Seu sangue, ser vestido com a Sua justiça. Por isso a nossa mensagem é arrependei-vos do pecado, crendo pela fé em Cristo Jesus. Seja advertido do fermento dos fariseus e saduceus que diz: Aparências valem tudo! Você é o que você aparenta! Tal atitude leva a condenação.
O Cristão precisa ser constantemente purificado do fermento velho. Como o fermento está em todo lugar no ar, fermentando o pão naturalmente e provocando as alergias que muitos têm dele, também as influencias que estimulam a exaltação da carne está em todo lugar. O Cristão constantemente ser sondado pelo Espírito Santo usando a Palavra de Deus, e purificado pela confissão daquilo que o Espírito Santo mostra-lhe pela sondagem da Palavra, para ser aquela nova massa que Deus deseja. Não é aparência que agrada o Senhor mas a substância, a verdadeira vida nova de Cristo vivendo nas vidas, orações, e testemunhos dos Cristãos.
Convém que lembrem-se desta advertência. Não é agradável a Deus que sejam satisfeitos com as tapinhas nas costas, o favor do povo, as posições na igreja ou na sociedade religiosa. Seja acautelados dessas coisas pois isto é o fermento dos Fariseus e dos Saduceus! Tenha substância, ou seja, o próprio Cristo como Salvador! Tenha a verdadeira santificação que vem pela obediência pessoal da Palavra de Deus como alvo! Pode ser que o homem olhe ao lado exterior mas Deus vê o coração. Tanto vê quanto julga. Cuide-se!
Um pouco de fermento leveda toda a massa. Portanto tome cuidado com as coisas pequenas.
Pouca meditação de assuntos alheiros, da concupiscência, de maldade, malícia, vingança, ou ganância logo influencia as nossas ações em serem pecaminosas (Mt 15.19-20; Tg 3.13-16).
Palavras que parecem pequeninas podem separar grandes amigos - Pv 18.19, “O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como os ferrolhos de um palácio.” Um momento de descuido nas palavras podem destruir bons costumes que levou meses e anos para construir (I Co 15.33, “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”). Para ser munido contra tais corrupções pelas palavras, faz que sejam poucas as palavras e os seus comentários sim, sim e não, não (Mt 5.37; Tg 1.19, “Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.”; 5.12, “Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação.”).
Um pouca de impureza numa vida somente faz que uma família seja destruída (Esaú e José são exemplos disso – Gn 27; ou Aça é exemplo de como uma pessoa pode permitir somente um pouco de desobediência na sua vida que destrua a família toda – Js 7). Por um pouco de fermento numa vida, uma igreja pode ser enfraquecida. Um pouco de abrir mão da doutrina, da prática, uma coisa mínima para agradar um irmão ou uma irmã, pode fazer que Cristo seja no lado de fora batendo a porta e aconselhando arrependimento e a volta ao primeiro amor (I Co 5.1-7).
Conclusão
Tem sido alimpado do fermento velho? Tem sido lavado pelo sangue de Jesus? Pela obra de Deus conhece o que é de ser uma massa nova? Cristo morreu para justificar os Seus, fazer dos Seus uma nova criatura, honrosa, santa, zelosa para as boas obras da obediência à Sua Palavra. Entra nessa nova vida pela regeneração, ou seja, arrependendo-se dos pecados e crendo em Cristo pela fé.
A sua religião depende de aparências? Tem sido feito uma nova massa com substância verdadeira?

Autor: Pr Calvin Gardner
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br 

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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Pureza Pastoral


Pureza Pastoral

Conrad Mbewe


Todos conhecem bem o fato de que o futuro ministério pastoral e a pregação de alguém depende da maneira como ele mesmo se desenvolve nos anos posteriores. Isso explica a advertência de Paulo a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1 Tm 4.16). Esse cuidado deveria durar por toda a vida; deveria assegurar um desenvolvimento adequado, ao invés de um desenvolvimento corrompido; deveria envolver todos os aspectos da vida, isto é, a vida espiritual, física, emocional, intelectual e doméstica. Um pregador não é um espírito destituído de seu corpo. Uma vez que o pregador seja afetado em suas faculdades físicas, todo o seu ser, inclusive o seu espírito, será também afetado. Portanto, é responsabilidade de todo pastor assegurar-se de que toda a sua humanidade redimida está passando por um desenvolvimento positivo que envolve toda a sua vida.
No entanto, afeições descontroladas, ou seja, um coração deturpado é um dos maiores inimigos desse desenvolvimento completo. Se um pastor deseja exercer um ministério eficiente e próspero, ele terá de lidar regularmente com o assunto de sua própria santificação. Ele tem de seguir a pureza pastoral, em uma medida sempre crescente. Essa é a razão por que este assunto é tão vital.
Temos de abordá-lo volvendo nossa atenção à incumbência que o apóstolo Paulo deu a Timóteo: “Exorto-te, perante Deus, que preserva a vida de todas as coisas, e perante Cristo Jesus, que diante de Pôncio Pilatos, fez a boa confissão, que guardes o mandato imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo; a qual, em suas épocas determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos Senhores; o único que possui a imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!” (1 Tm 6.13-16)
Nossa primeira tarefa consiste em determinar o mandato que Timóteo foi encarregado de guardar “imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo”. Uma das normas elementares da interpretação bíblica deveria ser suficiente para nos ajudar nisso, ou seja, a norma do contexto. No contexto desses versículos, a preocupação do apóstolo Paulo se concentrava no fato de que Timóteo, como homem de Deus, tinha de ser notavelmente diferente dos outros por meio de uma piedade caracterizada por contentamento. Enquanto outras pessoas diligenciavam por obter ganhos financeiros, tendo-o como um objetivo de vida (1 Tm 6.9-10), Timóteo deveria seguir a piedade com um coração sincero (1 Tm 6.11-12). Paulo deixou claro que isso não era um aviso opcional, que Timóteo poderia aceitar ou rejeitar, e sim uma ordem que ele deveria obedecer até ao fim. Fazia parte de seus deveres como “homem de Deus”. Por conseguinte, o mandato é que Timóteo deveria seguir a piedade com um coração sincero.
Embora os pastores do Novo Testamento não sejam sacerdotes de maneira tão exclusiva como os sacerdotes do Antigo Testamento, o papel deles na igreja lhes outorga responsabilidades igualmente privilegiadas. Por exemplo, os sacerdotes do Antigo Testamento tinham o encargo do templo, a fim de assegurarem que os padrões bíblicos fossem mantidos na adoração divina. Essa foi a razão por que, no livro de Malaquias, Deus pôs sobre os sacerdotes a culpa pelo declínio da espiritualidade. Essa era também uma responsabilidade dos pastores do Novo Testamento e a razão por que 1 Timóteo foi escrita por Paulo ao seu filho na fé. Paulo disse: “Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1 Tm 3.14-15). É responsabilidade dos pastores garantir que a adoração esteja sendo realizada de uma maneira que honre a Deus.
Por que estou estabelecendo esse paralelo? Simplesmente porque, assim como os sacerdotes do Antigo Testamento eram chamados à santidade, isso também é verdade no que se refere aos pastores do Novo Testamento. No Antigo Testamento, os sacerdotes vestiam uma coroa sagrada feita de ouro puro, e nela havia uma inscrição que dizia: “Santidade ao Senhor” (ver Êx 39.30). Além disso, Deus se mostrava tão preocupado com a santidade, que não permitiu aos levitas que caíram na idolatria voltarem a servi-Lo, conforme faziam antes de servirem os ídolos. Através de Ezequiel, Deus afirmou: “Os levitas, porém, que se apartaram para longe de mim, quando Israel andava errado, que andavam transviados, desviados de mim, para irem atrás dos seus ídolos, bem levarão sobre si a sua iniqüidade. Contudo, eles servirão no meu santuário como guardas nas portas do templo e ministros dele; eles imolarão o holocausto e o sacrifício para o povo e estarão perante este para lhe servir. Porque lhe ministraram diante dos seus ídolos e serviram à casa de Israel de tropeço de maldade; por isso, levantando a mão, jurei a respeito deles, diz o Senhor Deus, que eles levarão sobre si a sua iniqüidade. Não se chegarão a mim, para me servirem no sacerdócio, nem se chegarão a nenhuma de todas as minhas coisas sagradas, que são santíssimas, mas levarão sobre si a sua vergonha e as suas abominações que cometeram. Contudo, eu os encarregarei da guarda do templo, e de todo o serviço, e de tudo o que se fizer nele. Mas os sacerdotes levitas, os filhos de Zadoque, que cumpriram as prescrições do meu santuário, quando os filhos de Israel se extraviaram de mim, eles se chegarão a mim, para me servirem, e estarão diante de mim, para me oferecerem a gordura e o sangue, diz o Senhor Deus. Eles entrarão no meu santuário, e se chegarão à minha mesa, para me servirem, e cumprirão as minhas prescrições” (Ez 44.10-16). Os sacerdotes também eram chamados à inteireza de saúde; o que é simbolizado pelo fato de que seriam excluídos do serviço no altar se tivessem qualquer defeito físico (Lv 21.17). Tudo isso era necessário porque os sacerdotes, mais do que as outras pessoas, eram convidados ao mais íntimo contato possível com o Deus de Israel.
Com certeza, se Deus era tão zeloso a respeito da santidade nos dias em que, em sua maior parte, a adoração consistia de símbolos, e não das próprias realidades, ele tem de ser ainda mais zeloso a respeito da santidade em nossos dias. Portanto, os pastores têm de ser homens de piedade pessoal elevada. Em 1 Timóteo 4.7, Paulo exortou um jovem pastor a exercitar-se na piedade. De maneira semelhante, em 2 Timóteo 2.20-22, ele disse: “Numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para desonra. Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra. Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor”. Qualquer pessoa que lê essas palavras logo perceberá que o ofício do pastor é principalmente uma chamada à santidade. Isso não acontece apenas para ser aceito diante de Deus, mas também porque o ministério pastoral possui tal natureza, ou seja, nosso poder espiritual está vinculado ao nosso andar com Deus. Atanásio disse com muita exatidão: “Você não pode corrigir-nos outros aquilo que em você mesmo se encontra errado”. Falar com um tom de urgência e de unção que não pode ser falsificado exige que cultivemos continuamente a nossa vida interior.
A necessidade de guardar o coração
A primeira responsabilidade no seguir com diligência a piedade é guardar o nosso coração. O homem sábio falou muito bem, quando disse: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23). O coração do pastor é o âmago do seu ministério. Estejam certos disto: “A boca fala do que está cheio o coração”. Manter puros os olhos, o coração, o espírito e a consciência é o futuro do ministério de um servo de Cristo. Portanto, acautelem-se dos pecados do coração — orgulho, inveja, ciúme, cobiça, ira, lascívia e preguiça. Não nos admiremos de que a História os tenha apelidado de “os sete pecados mortais”! Muito tempo antes de uma pessoa arruinar de maneira visível a sua vida, ela permitiu que seu coração se tornasse uma habitação para o pecado. Novamente, dizemos: “Guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”.
Essa é a grande batalha que você estará sempre enfrentando em sua vida e seu ministério. Todos nós podemos fugir do adultério e do roubo. Mas quantos ministros do evangelho têm reduzido os seus ministérios a espetáculos egocêntricos que não têm absolutamente nada relacionado com a glória de Deus? Quantos homens com ministérios antes poderosos foram destruídos, porque invejaram os ministérios de outros? Quantos pastores bons foram levados, pela inveja, a praticar aquilo que os chineses chamam de “matar uma mosca na testa de um amigo utilizando uma machadinha”? E o que podemos dizer a respeito daqueles olhos que não conseguem olhar uma pessoa do sexo oposto, sem pensar na cama? Quantos pastores estão agora trabalhando fora da vontade de Deus, porque almejaram um ministério mais lucrativo? A lista é interminável. Irmãos, esses são os pecados que matam a espiritualidade e o poder de nosso ministério, antes mesmo de quaisquer pecados se tornarem visíveis ao nosso povo. Não há dúvida de que, para manter seu ministério vivo e estimulado, ano após ano, você tem de treinar a si mesmo em uma vida de piedade.
Alcançando e mantendo a devoção
Uma pergunta importante precisa ser feita: como podemos seguir essa devoção sincera? Devemos nos lembrar que a verdadeira piedade nunca resulta simplesmente da resolução. Também precisa haver ação. Ora, enquanto os meios públicos da graça (tais como os cultos na igreja) podem trazer muitos benefícios para os outros crentes, os pastores têm de depender muito mais dos meios particulares da graça. Isso acontece porque, com freqüência, nós, os pastores, ficamos tão preocupados com os detalhes dos cultos em nossas igrejas, que perdemos de vista o benefício da exortação: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus”. Por conseguinte, para nós, a devoçãosincera terá de ser o fruto de uma alma que se retira para leitura bíblica, oração, meditação e utiliza outros meios particulares da graça. Sempre racionalizamos nossa ausência nesses exercícios que purificam a alma, utilizando nossos deveres como desculpas. E, com certeza, às vezes isso será inevitável. Mas, quando isso estiver acontecendo semana após semana, você estará em declínio, matando a vida interior de seu ministério. Deus nunca tencionou que fosse assim. Se o seu lugar de intimidade com Deus tem estado vazio por algum tempo, então, retorne o mais rápido possível aos seus exercícios devocionais! É no lugar de oração secreta que as verdades do homem de Deus se entretecem nas fibras de seu próprio ser. Ali, os assuntos concernentes à graça divina são mantidos em frescor. É para a sua própria ruína que você abandona o lugar secreto de oração.
Os inimigos da devoção 

Sejamos honestos neste assunto. A razão por que muitos de nós falhamos em manter exercícios particulares disciplinados, para a nossa alma, não é o ignorarmos sua importância, e sim a falta de perseverarmos neles. Qualquer pessoa pode participar de uma corrida de cem metros, porque é uma distância curta; tudo o que precisa é dar o melhor de si e, antes que perceba, já alcançou a faixa de chegada. A maratona, porém, é bem diferente. Ela exige perseverança porque o percurso é muito longo. É na perseverança que se encontra a dificuldade no ministério pastoral. Muitos pastores começam bem, mas falham no meio do caminho, porque o percurso é longo. Essa era a preocupação de Paulo em relação a Timóteo. Ele desejava que Timóteo persistisse, continuasse, permanecesse na fé e na conduta cristã. Por isso, Paulo lhe disse: “Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas. Exorto-te, perante Deus, que preserva a vida de todas as coisas, e perante Cristo Jesus, que, diante de Pôncio Pilatos, fez a boa confissão, que guardes o mandato imaculado, irrepreensível, até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tm 6.12-14). Não basta dar alguns bons golpes no início do combate; você tem de permanecer na luta até ao fim. O mandato tem de ser guardado sem mácula e isento de coisas dignas de repreensão, “até à manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo”. Em outras palavras, até ao fim! No ministério pastoral, a tendência peculiar é a de nos tornarmos cansados e fatigados da devoção particular e dos padrões para a piedade pessoal, no meio do percurso. Pouco a pouco, começamos a andar por lugares que os anjos temem pisar. Você está mantendo a aparência exterior de seu ministério, mas há muito tempo perdeu, em seu íntimo, o poder e o amor que você tinha no início. Irmãos, isso não deve acontecer!
Excluindo a fadiga causada pela luta contra a carne (ou seja, a natureza caída que ainda habita em nós), outra fonte de fadiga é a má influência daqueles para os quais olhamos na obra de Deus. Por isso, se você tem de seguir uma devoção sincera a Deus, no ministério, acautele-se das companhias que mantém em sua vida ministerial. A advertência do apóstolo Paulo se aplica tanto aos membros quanto aos líderes da igreja: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. O conselho de Paulo a Timóteo a respeito desta questão é vital — “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo a forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes” (2 Tm 3.1-5). No ministério pastoral, existem homens que se enquadram nessas descrições. Sempre que estamos na companhia deles, nos retiramos com o sentimento de frieza na alma, por causa da conversa e do comportamento deles. Fuja de tais homens. Faça isso, antes que o câncer deles afete você e se espalhe amplamente em sua alma!
Conclusão
Muitos pastores têm permanecido pouco tempo no ministério, porque não colocaram a devida ênfase neste dever pessoal. Guarde o seu coração, porque ele é a fonte da vida. O apóstolo Paulo certamente percebeu a seriedade dessa advertência, pois a transformou em um mandato a ser cumprido “perante Deus, que preserva a vida de todas as coisas, e perante Cristo Jesus”. Todos nós devemos utilizar os meios disponíveis para realizar este mandato. Falhar em cumpri-lo equivale a falhar em todos os outros aspectos do ministério. Que Deus nos conceda graça para combatermos vitoriosamente o bom combate, desde agora até o dia de nossa morte. Amém!
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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CH Spurgeon - O Livre-arbítrio é uma Tolice.


CH Spurgeon - O Livre-arbítrio é uma Tolice.

Quando pesquisamos com imparcialidade a Escritura sem nossos apetrechos denominacionais, somos edificados para vida sem confusão. A Bíblia é a fonte para a nossa edificação porque não colocá-la em prática? Ao invés de discutir soberbamente sobre as verdades escritas soberanamente pela inspiração Divina.Procuremos crescer no conhecimento simples da Palavra de Deus e não de Homens vestidos da Falsa Piedade.
Jesus - A Simples Verdade

Sem cruz não tem Vida Eterna


SEM CRUZ NÃO TEM VIDA ETERNA
                             


Pr. Haroldo Azevedo 

              CERTAMENTE A PALAVRA DA CRUZ É LOUCURA PARA OS QUE SE PERDEM, MAS PARA NÓS, QUE SOMOS SALVOS PODER DE DEUS. 1 COR. 1.18.

               Muitos chamam aos que defendem o Evangelho de fanáticos, religiosos e não sabem o que estão falando. Por que? Porque não vivem a crucificação e nem dela bebem a justiça divina a cruz para estes é apenas um ponto turístico onde apenas olhares visualizam uma história que marcou a "humanidade". Porém não podemos esquecer que sem  a cruz não há perdão, sem cruz se está perdido sem esperança, sem salvação. Sem cruz a vida é normal nascer  crescer e morrer e ficar perdido para sempre. É loucura para muitos o resgate ter sido feito na cruz e render-se a está vergonha não é normal. Isto é somente para quem ouve  as boas novas e crê. Na cruz está a nossa reconciliação, justificação, graça, santidade vida eterna amor de Deus ao rebelde que acaba de colocar sua confiança no filho do Eterno Deus.
                Se muitos questionam a razão da fé verdadeira, colocando o evangelho para trampolim da prosperidade dentro desta macula evangelicalista de ambições terrenas é porque a  cruz não faz mais parte da vida de muitos que se dizem Cristãos. Estão em comunhão com o mundo compactuando seus interesses são cúmplices em um relacionamento de coração que os conduz a perdição eterna.
                Sem cruz não há razão para viver, não há motivo para existir não há alegria só dissabor 
tristezas e mais tristezas que dão como resultado final a morte. Homens santos de Deus erguem suas vozes com autoridade divina para trazer o povo de volta a cruz, Mas eles continuam envergonhados ela só serviu de apoio temporário para sua suposta salvação eles querem mais do que a cruz eles querem o melhor desta terra, eles querem viver aqui com seus sonhos de bens de consumo onde a traça e ferrugem destroem, sem cruz se vive por vista e não por fé.
                Eles não querem primeiramente o reino de Deus e Sua justiça, eles também não querem o acréscimo de Deus lembram do maná? O que eles querem é o que o mundo tem Mamom não o Deus que nos prospera pela Cruz. A companhia deste (Jesus) aqui, neste mundo não tem nenhum sentido se não for para abençoar materialmente, para eles  dizerem a Mamom que ele também tem um Deus que lhes enche de bens, esqueceram que Mamom falou a Cristo: Todos os reinos deste mundo te darei, se prostrado me adorares. A cruz (CRISTO) disse não: A penas ao Senhor teu Deus Adorarás e a Ele prestarás culto. Cresce o numero de delinquentes espirituais sem compromisso com a cruz amantes de si mesmos e cheios de egocentrismo. Tudo porque a cruz nada significa para eles e se nada ela representa para eles a vida eterna não está em seus corações, pois negam a Cristo, Sua Cruz pelas obras más que praticam. Filhos da ira destinados a perdição eterna iludidos com a Bíblia na mão e não no coração. Até onde vai a fantasia de uma geração vaidosa sem compromisso com a simplicidade de Deus, E de seus santos mandamentos.
               Que haja vergonha, temor , respeito ao Santo Nome do Senhor que pela Cruz nos conduz a Vida Eterna. Sem a Cruz não há Vida Eterna. As quimeras se erguem na visão humana buscando apoio de Deus para seus próprios interesses e em meio a estas miragens surgem as fabulas para afastarem cada vez mais os homens desapercebidos da verdade de Deus -, A Cruz.
               Não sejamos como os tais aqui relatados, pois não precisamos deste mundo e nem de Mamom CRISTO É NOSSA SUFICIÊNCIA a cruz é vida para quem crê é por meio dela somos verdadeiramente justificados não havendo nenhuma condenação para os eleitos de Deus. Que amam a sua Palavra e obedecem aos seus mandamentos.
               
              CERTAMENTE A PALAVRA DA CRUZ É LOUCURA PARA OS QUE SE PERDEM, MAS PARA NÓS, QUE SOMOS SALVOS PODER DE DEUS. 1 COR. 1.18.

Pr. Haroldo Azevedo

O AMOR E A IRA DE DEUS
SALMOS 136:15-20

Os pensamentos e as maneiras de Deus são superiores ao entendimento do homem (Jó 33:12; Isa 55:8,9; I Cor 1:25; I João 3:20). Entrando no assunto do amor e da ira de Deus encontramo-nos diante de imensos conceitos divinos que são insondáveis chegando a ser inescrutáveis (não pode ser medido) (Rom 11:33-36; Sal 77:19). O amor de Deus em Cristo “excede todo o entendimento” (Efés 3:19) e sobre a ira de Deus a Bíblia diz, “quem parará diante do seu furor, e quem persistirá diante do ardor da sua ira?” (Naum 1:6). A Bíblia declara que Deus é amor (I João 4:8,16) e com a mesma ênfase declara que Deus é fogo consumidor (Deut 4:24; Heb 12:29). Por não sermos como Deus (Sal 50:21; I Sam 16:7; Num 23:19) quando procuramos entender Seus atributos, por necessidade, isso requer fé e temor.
A Bíblia declara que Deus é Espírito (João 4:24), luz (I João 1:5) e amor (I João 4:8,16). Por Deus ser o que é, todos os atributos da divindade são influenciados e equilibrados. Nenhum atributo pode ser separado dos demais. Portanto, é necessário estudarmos cada atributo a luz dos outros. Para entendermos o equilíbrio entre o amor e a ira de Deus, temos que estudar cada um. A forma como os atributos se mesclam será vista uma vez que entendamos cada um separadamente.
O AMOR DE DEUS
1. Não é influenciado (Deut 7:7,8; II Tim 1:9). Dizer que o amor de Deus não é influenciado significa que nada nos amados atraiu o amor expressado por Deus. O amor de Deus é livre, espontâneo e sem algo nos sujeitos que O faça amá-los (I João 4:10,19).
2. É eterno (Jer 31:3; Efés 1:4,5). E por Deus ser um Ser eterno, Seu amor também é eterno. Isso conforta os amados, pois não tendo começo, não terá fim (Sal 90:2).
3. É soberano (Rom 9:15; Deut 32:39). Por Deus ser um Ser soberano Seu amor também o é. Na verdade Deus não tem obrigação para com ninguém (Rom 9:20,21; Dan 4:35). Se Deus, em todo o demais, opera segundo o beneplácito da Sua vontade (Efés 1:11), Ele opera com o Seu amor de igual forma (Rom 9:13; Efés 1:4,5).
4. É infinito (Efés 3:19). Deus é infinito na Sua natureza e só pode refletir tal atributo em Suas outras qualidades. As Escrituras Sagradas, dadas pela inspiração, têm dificuldade, pela limitação da linguagem por escrito, ao expressar todo o amor de Deus. Palavras como “tal” (João 3:16) e “muito” (Efés 2:4) são usadas na comunicação até o ponto em que a linguagem escrita pode expressar o amor infinito de Deus. É necessário fé para que se possa conhecer Deus pois as Suas qualidades são superiores ao entendimento finito do homem (Sal 147:5). Para ter um exemplo do amor infinito de Deus considera-se a quem tal amor é estendido (Rom 5:8).
5. É imutável (Cantares de Salomão 8:6,7). Por Deus ser imutável (Tiago 1:17), os Seus atributos também o são. O exemplo da imutabilidade do Seu amor é visto por nada poder separá-LO dos Seus amados (Rom 8:35-39).
6. É Santo (Rom 5:21). Deus é santo na Sua pessoa (Lev 11:44; I Sam 2:2), em todas as Suas obras (Sal 145:17) e por necessidade isso inclui o Seu amor. O amor de Deus não é subordinado à paixão ou qualquer outro sentimento, mas pela santidade. A Bíblia diz primeiramente que Deus é Luz (I João 1:5) e após diz que Deus também é amor (I João 4:8,16). A santidade é quem faz o amor de Deus temível. Por Sua santidade o crente é corrigido (Heb 12:5) e o ímpio é castigado (Êx. 34:7; Apoc 20:12-15).
7. É gracioso (João 3:16; I João 4:9). O amor pede uma expressão, e, a sua expressão é favor ou graça. Essa expressão da graça vê-se quando entendemos o alvo do amor e o resultado de tal amor (Rom 8:35-39). A maior expressão do amor de Deus é Cristo (I João 4:9). Por ter dado Cristo sabemos que Ele não deixará faltar algo para os Seus (Rom 8:32).
A importância desse amor não é vista apenas na salvação do pecador. Os santos se reconhecem pelo amor (I João 4:7,8,12,16,20,21). A obediência é estimulada pelo amor (João 14:15; 15:9-14). No dia do juízo teremos confiança devido ao amor (I João 4:17,18), pelo qual somos aperfeiçoados (I João 4:18).
A IRA DE DEUS
O amor de Deus e a Sua ira freqüentemente andam juntos (Num 14:18; Rom 11:22; Heb 12:5) e verdadeiramente a ira de Deus é uma expressão do Seu amor (Sal 136:14-21). Se Deus não tivesse ira os Seus atributos seriam falhos. Se não houvesse a ira de Deus, Ele seria indiferente ao pecado, mostraria uma ausência de morais e aceitaria tolices e corrupção. Por Deus ser puro, necessariamente, Ele precisa odiar o que é impuro (A. W. Pink).
Não é apenas Deus quem se ira em conseqüência do Seu amor, mas o homem também faz dessa maneira (Prov 13:24).
Uma definição da ira de Deus é a Sua santidade contra o pecado (Num 14:18). A própria ira de Deus testifica a Sua santidade (Sal 89:35 - por Ele jurar na Sua santidade, os inimigos de Davi foram castigados; Sal 95:11 - por Deus ser santo, os desobedientes à Sua Palavra foram mortos no deserto). O amor de Cristo é descrito sendo além de todo o entendimento (Efés 3:19), mas a Sua ira é derramada na tribulação (Apoc 6:16).
Benefícios da Ira de Deus
1. Revela a imundícia do pecado. Devido a hediondez do próprio pecado o eterno Deus crucificou o Seu unigênito e amado Jesus Cristo (Rom 5:8).
2. Provoca o crescimento no temor a Deus (Luc 12:5; Heb 12:28,29).
3. Incita louvor a justiça de Deus (I Tess 1:10; Apoc 19:11).
4. Estimula a evangelização aos que estão sem Cristo (II Cor 5:11).
5. Confirma a fé dos justos (Sal 58:10,11).
6. Traz glória a Deus por intermédio de Jesus Cristo (Fil. 2:0,11).
Deus opera todas as coisas com a finalidade de receber toda a glória (Rom 11:36). A redenção traz glória a Deus através de Jesus Cristo. Só precisaria redenção se houvesse um preço a ser pago pelo pecado. Em Jesus Cristo a justiça e a paz se beijaram (Sal 85:10) com Deus derramando toda a Sua justa ira sobre Quem amava mais.
Você está glorificando a Deus por Jesus Cristo? Se você não está glorificando a Deus por Cristo, glorificará pela ira de Deus sendo derramada sobre a sua alma pela eternidade.
Conheça a benção de glorificar a Deus pela vida e não pela morte.
Bibliografia
Bíblia Sagrada, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, São Paulo, 1/94
Pink, A. W., Atributos de Deus, Publicações Evangélicas Selecionadas, São Paulo

Autor: Pastor Calvin Gardner
Fonte: www.PalavraPrudente.com.br

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