Jesus - a Simples Verdade

terça-feira, 30 de agosto de 2011

A Galinha dos Ovos de Ouro



“Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. ​Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda.” (Ml 3.8-9)

Nesses dias, num belo passeio por esse mundo maravilhoso da internet, e também pelo entretenimento televisivo, pude constatar e contemplar muita coisa boa referente ao evangelho, mas também,encontramos muitas coisas ruins, engraçadas e terríveis acerca do mesmo assunto.

Certo sábado pela manhã, estava eu assistindo aos programas “evangélicos” em certa emissora de TV, e confesso que ainda não vi de tudo. Talvez nunca chegue a ver, eu acredito, mas tenho aprendido muita coisa sobre como atrair o povo pela mesquinharia, cobiça, pela promessa de uma rendição que jamais vai poder preencher a lacuna pela falta de Jesus.

Um espaço sendo preenchido apenas por ilusão, pois a ilusão tende a ser transformada em desilusão. Obviamente, tudo que almejamos nessa terra sem plantar no Reino é passageiro. Paulo dizia o seguinte:

“não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” (2Co 4.18).

Interessante o comentário. Meu aprendizado tem se estendido. Aprendi, por exemplo, que alguns evangelistas discordam da palavra em que Deus mostra claramente que Ele não faz acepção de pessoas, distinguindo pessoas “especiais” das “não especiais”. Essa foi uma das melhores que vi: esse termo “especial” usado para uma oferta em um programa do Rio de Janeiro, atingiria um valor de R$1.000,00 acima, e se você ofertasse de R$100,00 até R$999,00, você não seria especial. Fiquei me perguntando: o que seria isso, meu Deus? Teria o Senhor mudado Seu comprometimento com a humanidade? Ou se esquecido da Sua aliança? Mesmo que saibamos que a Sua Palavra diz que Ele é o mesmo, ontem, hoje e será o mesmo amanhã?

Sinceramente, tenho “aprendido” muito nessa nova era cristã, a era do deus desse presente século, Mamón, sim, Mamón, o deus do dinheiro, das riquezas! Claro, devemos conhecer nossos inimigos, saber de suas estratégias, características, planos milimetricamente esboçados conforme a necessidade humana. A Palavra de Deus diz que o deus desse século tem cegado os homens. Hoje somos convidados a buscar cada vez mais as riquezas, porque é isso que se tem nos apresentado. Há uma forma “sobrenatural” de conquistar prosperidade e tudo mais, não sendo mais simplesmente pelo labor, pelo esforço, pelo suor de nossos rostos, e sim por uma estratégia muito bem elaborada pelo nosso inimigo que vem agindo através de muitos pregadores.

Mas espera aí! Não é sabido que não devemos nós, nos levantar contra um “ungido do Senhor”? Quero esclarecer algo descrito em apocalipse, no capítulo 11, verso 18. Este texto diz que Deus dará o galardão aos seus profetas, seus servos. Concluímos, então, que nos dias de hoje há homens e mulheres que não se contaminarão com esse evangelho medíocre e erroneamente encorajado e se levantarão contra esses fanfarrões, porque maior punição encontrará aquele que se dispuser a ensinar. Os mestres que conhecem mas pervertem a santidade dos ensinamentos celestiais.(Tg 3.1).

Aprendemos que devemos ter paz com todos (Rm 12.18), claro, mas olhando no âmbito geral de comunhão, a feliz forma de nós estarmos envolvidos com os irmãos é no partir do pão, nas súplicas, nas orações (At 2.42), isso é essência, da qual a única substância verdadeiramente esquecida, paz com todos não quer dizer: “se envolva nas coisas erradas, aceite as impurezas, peque, pois ele peca! Ou: aceite o pecado!” Não! Quer dizer: VIVA EM CRISTO, “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Fp 1.21).

Jeú quando se levanta contra a casa de Acabe marcha em direção a ela para destronar seu império de prostituição, chegando diante de alguns cavaleiros, perguntaram a Jeú se era de paz a sua vinda, imediatamente Jeú responde que não há nada de paz, ou seja, nada de aliança com as coisas que ferem os princípios de Deus (2Rs 9.22)!

Por isso nos levantamos contra essa “bandalheira gospel” instituída no meio da igreja! Voltando a falar sobre a TV, em outro programa, o senhor pastor, doutor, sei lá o que ele é, o pastor Silas Malafaia, foi confrontado por um professor de uma universidade do Paraná, dizendo em um jornal impresso, que o novo testamento não apresenta o dízimo como obrigação da nova aliança. É aqui que quero chegar! Se analisarmos bem o contexto geral no Novo Testamento veremos realmente que a Bíblia nada diz a cerca de dízimos na nova aliança. O referido pastor combateu o tal professor com o texto que está em Mateus 23.23.

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.”

Note que Jesus está falando aos mestres da antiga aliança, o texto de Malaquias está se referindo aos sacerdotes. Foi esse texto de Mateus 23.23 que o entendido pastor usou para combater o tal professor, usando da sua psicologia, para de início, desmoralizar o professor. Muito me admira que um homem tão culto não entenda que o assunto “dízimo” está sendo colocado aos fariseus e escribas para ensinamento acerca do amor, mas lembrando que ele não pode esquecer de uma coisa nem outra, ou seja, deve dizimar, porque é a lei, sem deixar de praticar o amor, que fique bem claro, a lei é a antiga aliança entre Deus e o povo hebreu, nós somos fruto da nova aliança, reatados através do sangue de Jesus pelo qual somos chamados filhos de Deus. Aleluia!

Tem mais uma coisa da qual me recordei em outro programa do citado pastor, em que ele fez o seguinte comentário: “O pastor que não prega prosperidade e um idiota!” Ironizando então: infeliz homem que sou por apenas pregar o evangelho do Reino de Deus, a renúncia, a cruz, pois então, sou um grande idiota e com muito orgulho! Queridos irmãos, não estou desencorajando a prática dos dízimos, pastores que estão lendo esse artigo, a intenção não é tirar o dinheiro da sua congregação, ou o seu salário, não é isso, pois como pastor também tenho dizimistas em nossa congregação da qual eu também sou. Apenas ensino essa prática como princípio de abençoar a obra de Deus. Afinal, mantemos um lugar para congregar pelos dízimos e ofertas do povo, onde alguns também tem precisado de alguma ajuda para um determinado momento de dificuldade.

Se analisarmos bem a história, veremos Abraão trazendo o dízimo de tudo que tinha a Melquisedeque, ou seja, uma questão de princípios antes mesmo da lei, pois Abraão estava, naquele momento, abençoando um sacerdote do Deus vivo, e encorajo você que não é dizimista, a abençoar a obra, a abençoar ao seu pastor como aquele que há de dar conta da vossa alma (Hb 13.17).

É isso que quero compartilhar, que você seja dizimista, ofertante, pois isso quebra princípios de avareza, mesquinharia, e mais: porque Deus ama ao que dá com alegria. (2Co 9.7). O dízimo hoje tem causado grandes polêmicas sobre a igreja, e o maior problema é a falta de conhecimento, o Senhor Deus exclama através de Oséias que é por causa da falta de conhecimento que o povo tem perecido, e Jesus faz o mesmo comentário, sendo assim, enganados por todo tipo de doutrina, somos levados a práticas anti-cristãs, forjando um cristianismo inexistente para buscarmos cada vez mais as coisas e não o Reino! Ficam duas frases aos irmãos que estão lendo esse artigo:

“Numa época de um evangelho triunfalista, pregar arrependimento, a cruz, é dar um tiro no próprio pé, que doa nosso pé em todo o tempo!”

“Nesse tempo de conquistas e vitórias, pregar a cruz virou mera formalidade!”

Deus abençoe a todos!!!!

Autor: Marcelo Sani
Jesus -A Simples Verdade

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