Jesus - a Simples Verdade

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Morre o pastor David Wilkerson


Morreu ontem num acidente automobilístico, no estado do Texas, Estados Unidos, o pastor David Wilkerson. Ele dirigia um sedã Infinity e colidiu de frente com um caminhão. De acordo com o Departamento de Segurança daquele estado, Wilkerson não estava usando cinto de segurança. A esposa do ministro, Gwen Wilkerson, de 70 anos, usava o cinto e sobreviveu. Ela foi transportada de helicóptero para o East Texas Medical Center, de Jacksonville, e seu estado é grave. O motorista do caminhão, Frederick Braggs, de 38 anos, foi atendido no mesmo hospital, mas sofreu apenas ferimentos leves.

David Wilkerson é conhecido mundialmente pelo seu trabalho na evangelização de drogados e jovens marginais e também pelo livro A cruz e o punhal, que relata os primeiros anos de seu ministério. Ele é o fundador do Desafio Jovem, entidade internacional dedicada a recuperar jovens do mundo das drogas e do crime.

A morte de David Wilkerson, aos 79 anos, também cala uma das vozes mais poderosas contra os desvios doutrinários e as aberrações comportamentais que invadiram a Igreja nos últimos anos. Ele se mostrava profundamente angustiado com a situação e com a letargia do povo de Deus diante do avanço desses modismos, cobrando uma atitude dos cristãos. Ele dizia: “Nós nos agarramos a nossas retóricas religiosas e conversas sobre avivamento, mas nos tornamos tão passivos! A verdadeira paixão nasce da angústia. Toda verdadeira paixão por Cristo vem de um batismo de angústia”. Que a sua morte não seja motivo de esquecermos as suas palavras.

Carro de David Wilkerson após o choque com um caminhão
Fonte : O balido
Jesus - A Simples Verdade

segunda-feira, 25 de abril de 2011

José Alves transformado por Jesus: Pr. Haroldo Azevedo

Cristo Jesus tem transformando muitas vidas, no entanto lembro-me de um fato dentre outros ocorrido na obra da evangelização. A tarde estava ensolarada era julho de 1983, precisamente dia 17 um domingo. Após o descanso merecido de um dia de trabalho extra, o jovem José Alves levantou-se da cama e foi para sala onde estavam seus pais assistindo televisão o calor era intenso, mas o entretenimento muito “bom“, afinal que há de tão agradável numa tarde de domingo na televisão brasileira? Principalmente na década de oitenta. José sempre pensou assim tanto é que nas tardes de domingo sempre freqüentava o cinema com seus amigos. Naquele tempo não tinha Video Caset e muitos menos Dvds. Bem, na sala depois do sono pós almoço junto com seus pais surge uma surpresa, o irmão de José, Francisco ( Hoje crente) grita para seu Pai: Pai os crentes estão aqui e querem falar com o senhor.
José e sua mãe Natalina (hoje serva de Deus) correm corredor a dentro fugindo, não queriam conversa com os crentes. Mas José no meio do corredor pensou : Estou sendo mal educado, vou abrir a porta para os crentes.
E La foi José receber dois servos de Deus em sua casa, eram eles irmãos Valter, hoje Pastor auxiliar da IEAD Belém - Pá e a irmã Laura ( In Memorian). Ao entrar na casa foram bem recebidos por José e seu Pai Hamilton ( Hoje também cristão). Irmão Valter não perdeu a oportunidade e começou a falar do pecado e do perdão dado ao homem que se arrependesse de seus pecados recebendo a Cristo em seu coração. Após a pregação adornada também pela irmã Laura, Foi feito o convite. Durante o período da mensagem José fez algumas reflexões de sua vida e se viu perdido e se fazia a pergunta e agora o que devo fazer ? Não há mais chance para mim! O que será que eles vão fazer após estas palavras? Muitas foram as perguntas que enchia a mente de José. Até que o Irmão Valter perguntou quem de vocês deseja receber Jesus em seu coração hoje ? José, não perdeu tempo e abraçou a fé. Nascia ali uma nova criatura em Cristo Jesus. Seu pai preferiu naquele dia recusar a oportunidade.
Os anos foram passando e José dando testemunho de Cristo no lar e para os amigos, Anos depois o primeiro fruto no Lar sua avó enferma e a beira da morte foi alcançada pela fé em Cristo vindo depois disto a dormir no Senhor. Seu sétimo irmão Jair também anos depois abraçou a fé sendo a terceira alma e assim cada ano membros da família ( é bom mencionar que após a morte de sua avó Osvaldina, dez anos depois Jair seu irmão recebeu Jesus como seu Salvador e com ele sua esposa). Hoje dos 11 irmãos de José 9 mais seu pai e mãe servem ao senhor juntamente com cunhados e cunhadas sobrinhos e sobrinhas. O mais recente a abraçar a fé em 2010 foi seu irmão Francisco. José é hoje Pastor auxiliar pela IEDA Belém -PA é casado com a irmã Elenice Azevedo com quem tem três filhos Thiago, Jonã e Felipe tem uma Nora chamada Neusa esposa de seu filho mais velho e dois netos Haroldo Miguel e Atos Jabim. Serve a Deus na Congregação da Lauro Sodré II No Bairro da Terra Firme, no Distrito Terra Firme XVIII. Tem realizado a obra de Deus na área de visitação e evangelismo. Muitas almas tem sido alcançadas pelo serviço a Igreja local. Um certo dia em visita a irmã Laura já com seus 84 anos José perguntou ? Irmã Laura quantas almas a Senhora já ganhou para Cristo ? Ela respondeu só uma! Só uma irmã Laura. Sim! E qual foi? A tua meu filho. José olhou para ela e disse: Não só a minha irmã Laura através de mim, a Senhora já ganhou muitas almas. Uma alma faz a diferença na vida de quem conquista apenas uma, foi o caso da saudosa irmã Laura.


Por Jesus - A Smples Verdade
Autor: Haroldo Azevedo

quinta-feira, 21 de abril de 2011

50 Razões Porque Jesus Veio Morrer por Amor

Quem na verdade contemplou a cruz de Cristo não pode jamais falar de casos sem esperança. (G. Campbell Morgan)

Antes de você ler o texto abaixo, sinto a necessidade de fazer um pedido: não leia este texto como mera informação. Leia de uma forma que quando você chegar no final você possa dizer em adoração: “Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças” (Apocalipse 5:12). Ore, antes de começar, para que o Espírito faça tal obra em seu coração.

01. Para absorver a ira de Deus (Gálatas 3:13; Romanos 3:25; 1 João 4:10)
02. Para agradar ao Pai Celeste (Isaías 53:10; Efésios 5:2)
03. Para aprender a obediência e ser aperfeiçoado (Hebreus 5:8; Hebreus 2:10)
04. Para alcançar seu própria ressurreição/ dos mortos (Hebreus 13:20-21)
05. Para mostrar a riqueza do amor de Deus e graça para os pecadores (Romanos 5:7-8; Efésios 1:7)
06. Para mostrar seu próprio amor para conosco (Efésios 5:2; Efésios 5:25; Gálatas 2:20)
07. Para cancelar as exigências legais da lei contra nós (Colossenses 2:13)
08. Para tornar-se um resgate por muitos (Marcos 10:45)
09. Para o perdão dos nossos pecados (Efésios 1:7; Mateus 26:28)
10. Para fornecer a base para nossa justificação (Romanos 5:9; Romanos 3:24; Romanos 3:28)
11. Para completar a obediência que se torna nossa Justiça (Filipenses 2:8; Romanos 5:19; 2 Corintios 5:21; Filipenses 3:9; Romanos 8:34)
12. Para tirar a nossa condenação (Romanos 8:34)
13. Para abolir a circuncisão e rituais como a base da salvação (Gálatas 5:11; Gálatas 6:12)
14. Para nos trazer a fé e nos manter fiéis (Marcos 14:24; Jeremias 32:40)
15. Para nos fazer santos, inocentes, e perfeitos (Hebreus 10:14; Colossenses 1:22; 1 Corintios 5:7)
16. Para nos dar uma consciência limpa (Hebreus 9:14)
17. Para obter para nós todas as coisas que são boas para nós (Romanos 8:32)
18. Para nos curar de doenças físicas e morais (Isaías 53:5; Mateus 8:16-17)
19. Para dar a vida eterna a todos aqueles que nele crêem (João 3:16)
20. Para livra-nos do mal presente era (Gálatas 14)
21. Para nos reconciliar com Deus (Romanos 5:10)
22. Para trazer-nos a Deus (1 Pedro 3:18; Efésios 2:13)
23. Para que possamos pertencer a Ele (Romanos 7:4; 1 Corintios 6:19-20; Atos 20:28)
24. Para nos dar acesso confiante ao Lugar Santíssimo (Hebreus 10:19)
25. Para se tornar para nós o lugar onde encontramos Deus (João 2:19-21)
26. Para trazer o sacerdócio do Antigo Testamento ao fim e se tornar o Sumo e Eterno Sacerdote (Hebreus 7:23-27; Hebreus 9:24-26; Hebreus 10:11-12)
27. Para se tornar um sacerdote simpático e auxiliador (Hebreus 4:15-16)
28. Para nos libertar da futilidade de nossos ancestrais (1 Pedro 1:18-19)
29. Para nos libertar da escravidão do pecado (Hebreus 13:12; Apocalipse 1:5-6)
30. Para que possamos morrer para o pecado e viver para a justiça (1 Pedro 2:24)
31. Para que possamos morrer para a Lei e dar frutos para Deus (Romanos 7:4)
32. Para que possamos viver para Cristo e não para nós mesmos (2 Corintios 5:15)
33. Para fazer a Cruz nosso única vanglória (Gálatas 6:14)
34. Para que possamos viver pela fé nEle (Gálatas 2:20)
35. Para dar ao casamento seu sentido mais profundo (Efésios 5:25)
36. Para criar um povo zeloso por boas obras (Tito 2:14)
37. Para chamar-nos a seguir seu exemplo de humildade e amor sacrificial (1 Pedro 2:19-21; Hebreus 12:3-4; Filipenses 2:5-8)
38. Para criar um grupo de seguidores crucificado (Lucas 9:23; Mateus 10:38)
39. Para nos livrar da escravidão do medo da morte (Hebreus 2:14-15)
40. Para estarmos com ele logo após a morte (1 Coríntios5:10; Filipenses 1:21,23; 2 Corintios 5:8)
41. Para garantir a nossa ressurreição dos mortos (Romanos 6:5; Romanos 8:11; 2 Timóteo 2:11)
42. Para despojar principados e potestades (Colossenses 2:14-15; 1 João 3:8)
43. Para liberar o poder de Deus no Evangelho (1 Corintios 1:18; Romanos 1:16)
44. Para destruir a hostilidade entre as etnias (Efésios 2:14-16)
45. Para resgatas pessoas de toda tribo, língua, povo e nação (Apocalipse 5:9)
46. Para reunir todas as suas ovelhas ao redor do mundo (João 11:51-52; João 10:16)
47. Para nos resgatar do Juízo Final (Hebreus 9:28)
48. Para ganhar a sua alegria ea nossa (Hebreus 12:2)
49. Para que Ele pudesse ser coroado de glória e honra (Hebreus 2:9; Filipenses 2:7-9; Apocalipse 5:12)
50. Para mostrar que o pior mal foi intentado por Deus para o bem (Atos 4:27-28)

Por John Piper © Desiring God. Website: desiringGod.org

Tradução do livro:The Passion of Christ – 50 Reasons Why He Came to Die,

Fonte: voltemosaoevangelho.com

Título em Português disponibilizado pela Cultura Cristã

Jesus - A Simples Verdade







A Religião Evangelica

Manifesto escrito por
John Charles Ryle
1º Bispo da Diocese da Igreja da Inglaterra de Liverpool.
"para aprovardes as coisas excelentes" (Fp 1:10)


I. PRINCÍPIOS Evangélicos

1. A supremacia absoluta das Santas Escrituras
Nos mostre qualquer coisa, escrita claramente, naquele Livro, nós o receberemos, acreditaremos, e nos submetermos a isso. Nos mostre qualquer coisa contrária àquele Livro, e ainda que seja sofisticado, plausível, bonito e aparentemente desejável, não o teremos por nada.

2. A doutrina do pecado e corrupção humanas
O homem está radicalmente doente. Eu creio que a ignorância da extensão da Queda, e de toda a doutrina do pecado original, é uma das grandes razões porque tantos não podem nem entender, apreciar, nem receber a Religião Evangélica.

3. A obra e serviço de nosso Senhor Jesus Cristo
O eterno Filho de Deus é nosso Representante e Substituto. Nós sustentamos que o povo deve ser continuamente orientado a não fazer um Cristo da Igreja.
Nós cremos que nada nunca é exigido entre a alma do homem pecador, e Cristo o Salvador, mas a fé simples como de uma criança.

4. O trabalho interior do Espírito Santo
Nós sustentamos que as coisas que mais precisam ser apresentadas e reforçadas na atenção dos homens são as grandes obras do Espírito Santo – arrependimento interior, fé, esperança, ódio ao pecado, e amor à lei de Deus. Afirmamos que dizer aos homens para terem conforto em seu batismo ou membresia na igreja enquanto essas graças absolutamente importantes são desconhecidas, não é meramente um erro, mas crueldade intencional.

5. O trabalho Externado e Visível do Espírito Santo na vida dos homens
Sustentamos que dizer a um homem que ele é "nascido de Deus" ou regenerado, enquanto vive em descuido ou pecado, é uma ilusão perigosa.
É a posição que tomamos nestes cinco pontos que caracteriza grandemente a teologia Evangélica. Dizemos corajosamente que elas são coisas primeiras, principais, chefes e governantes no cristianismo.

II. PROTESTOS Evangélicos

1. Nós protestamos contra a prática moderna de primeiro personificar a Igreja, e então divinizá-la, e finalmente idolatrá-la.

2. Nós nos recusamos a admitir que Ministros Cristãos sejam, em qualquer sentido, sacerdotes que sacrificam.Percebemos que sacerdotismo ou sacerdócio tem sido freqüentemente a maldição da cristandade, e a ruína da verdadeira religião.

3. Nós Nos recusamos a admitir que os Sacramentos de Cristo transmitem graça por si mesmos.
Nós protestamos contra a idéia de que no batismo o uso da água, no Nome da Trindade, é invariável e necessariamente acompanhada pela regeneração. Nós protestamos contra a idéia de que a Ceia do Senhor é um sacrifício. Sobre tudo, nós protestamos contra a noção de qualquer presença local do corpo e sangue de Cristo na Ceia do Senhor, nas formas de pão e vinho, como "idolatria a ser abominada por todos os cristãos fiéis".

4. Nós nos recusamos a nos juntar ao clamor, "sem bispo, sem igreja". "[sem bispo, não há igreja]"Nós nos recusamos a crer que bispos são infalíveis, ou que suas palavras devem ser cridas quando não estão em harmonia com as Escrituras.

5. Nós sustentamos que não pode haver real união sem unidade na fé.
Nós protestamos contra a idéia de união baseada num episcopado comum, ao invés de uma fé comum no Evangelho de Cristo. Nós abominamos a própria idéia de re-união com Roma, a não ser que a própria Roma primeiro purge-se de suas muitas falsas doutrinas e superstições.

III. PERSUASÕES Evangélicas

1. Substitua Cristo por qualquer coisa, e o Evangelho está totalmente estragado!

2.Adicione qualquer coisa a Cristo, e o Evangelho deixa de ser um Evangelho puro!

3.Coloque qualquer coisa entre os homens e Cristo, e os homens irão negligenciar a Cristo por aquilo que foi colocado!

4. Destrua as proporções do Evangelho de Cristo, e você arruinará sua eficácia!

5. A religião Evangélica deve ser o Evangelho, todo o Evangelho e nada além do Evangelho.

IV. PRÁTICAS Evangélicas

"Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos." (I Co 16:13)

1. Esforce-se para que a religião pessoal seja completa e totalmente Evangélica.
O mundo está possuído por um demônio de falsa caridade sobre religião.

2. Não comprometa princípios Evangélicos.
Tome bastante cuidado com novas decorações de igreja, nova música de igreja, e um modo quase histérico de realizar adoração na igreja.

3. Observe que eles não fazem nenhum bem real, os que misturam pregação Evangélica com cerimônias rituais.
O mundo nunca será ganho por flerte e comprometimento; ao se usar ambas as formas, e tentar agradar a todos.

4. Encare o perigo com coragem e lute com ele usando a mesma Palavra que Cranmer, Latimer e Ridley usaram para lutar.

5. O caminho do dever é limpo, claro, e inconfundível. União e organização de todos os homens Protestantes e Evangélicos, exposição incansável das negociações papistas de nossos antagonistas do púlpito, palco e imprensa.
Eu digo, "Não se renda! Não deserte! Não comprometa! Nada de paz desgraçada!".

FONTE: GraceGems

revisor: Daniel Campos
tradutor: voluntário via Twiter

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Explicação de Romanos 8:6 Por John Owen




“A inclinação da carne é morte; mas a inclinação do espírito é vida e paz“. (RCA) ou
“ A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz” (NVI).

Vida... Paz...morte! Quem não escolheria a vida e a paz? Mas estas coisas, diz Paulo, só resultam de a pessoa ter mentalidade espiritual. Não ter tal mentalidade é equivalente à morte. Paulo não admite uma terceira possibilidade. Que é, então, inclinação, pensamento ou mentalidade espiritual? Que se quer dizer com vida e paz? Como poderemos saber se temos mente espiritual ou não? ( São essas as questões que pretendo examinar neste livro).
Não são questões simples, pois muitas vezes podemos ter consciência tanto da mentalidade espiritual como da mentalidade carnal ao mesmo tempo. Os cristãos sempre estão cônscios dos conflitos entre ambas (Galatas 5:17 “ Pois a carne deseja o que é contrário ao espírito; e o Espírito, o que é contrário a carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam”. Como podemo
s dizer que tipo de mentalidade temos realmente?
Como podemos certificar-nos de que não estamos nos enganando? Sermos controlados pela mentalidade terrena significa que não podemos agradar a Deus (Romanos 8:8 “ Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus” ,
E que, portanto, morremos (Romanos 8:13). “ Pois se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, mas se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão”. Temos aí um triste contraste em oposição à vida e a paz!
Que é que Paulo quer dizer com mentalidade espiritual? A palavra “espírito” nas Escrituras pode significar ou “o Espírito Santo” ( Como em Romanos 8:9) ou “a nova vida espiritual produzida no crente pelo Espírito Santo” ( como em João 3:6). Sugiro que com a expressão “ mentalidade espiritual” Paulo aqui se refere à “atividade desta nova vida espiritual no crente”.
Esta nova vida espiritual leva o crente a pensar nas coisas espirituais e a ter prazer nelas; algo que jamais foi um hábito antes da conversão! Os incrédulos só amam as coisas desta terra, porém os crentes agora dão mais alta prioridade ao amor pelas coisas de Deus.
Podemos definir o pensamento ou a mentalidade espiritual como consistindo de três coisas: a mente sempre dirigindo ativamente os pensamentos às coisas espirituais; um crescente amor pelas coisas espirituais; um real sentimento de satisfação e
xperimentado pelo crente, sentimento que é produzido por coisas espirituais.
No versículo em consideração, Paulo sustente a tese de que esta mentalidade espiritual é a principal marca distintiva do crente, e de que somente isso leva à vida e à paz. Por conseguinte, quão vitalmente importante é esta mentalidade!
Examinar abreviadamente o que significa ter mentalidade terrena pode ajudar. Poderemos assim apresentar melhor o valor da mentalidade espiritual. Por exemplo, quando as pessoas têm mentalidade terrena, o amor pelas coisas coisas terrenas domina a mente delas. Falta-lhes o amor pela
s coisas espirituais. Mesmo com os cristãos às vezes pode acontecer que amem demais as coisas deste mundo. Então a sua vida espiritual fica enferma. Eles não terão a paz que a vida espiritual
sadia produz. Algumas pessoas sabem algo sobre as coisas espirituais, mas não conseguem impulsionar-se a busca-lãs. Em todos estes
exemplos se vê que a mentalidade terrena é inimiga da mentalidade espiritual.
Meu parecer é, pois, que aqueles que não têm desejo de alcançar o nível de mentalidade espiritual mais alto possível e se contentam com menos, não dão prova de que são verdadeiros crentes.
Pode ser que elas tenham vida espiritual, porém não têm a paz de Deus. Pode ser que até estejam se enganando e que não sejam possuidoras de nenhuma vida espiritual.

Fonte: Livro Pensando Espiritualmente
Editora PES paginas 11-13
Primeira edição em português

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A Bíblia nos Promete uma Vida de Prazeres?

Quando Saulo tornou-se Paulo, uma voz divina anunciou: “Vou lhe mostrar como você poderá gozar muito melhor a sua vida!” Será que é o que realmente está escrito na Bíblia? Pelo contrário, lemos: “Eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome” (At 9.16). Foi o que Deus disse a Ananias acerca de Paulo. Portanto, foi quase o oposto do que muitos entendem hoje por vida cristã.

Prazer e sofrimento
O Novo Testamento está permeado pelo tom do sofrimento, e é justamente isso que não agrada à nossa velha natureza, que adora cuidar bem de sua carne e de gozar a vida. Paulo e Barnabé, por exemplo, exortaram os discípulos

“a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (At 14.22).

Paulo, o apóstolo dos gentios, lembra a Timóteo, seu discípulo mais fiel, que

“todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Tm 3.12).

Isso não soa como uma vida de prazeres e de riqueza abundante, como tanto se apregoa hoje em dia. Temos inclusive uma carta inteira no Novo Testamento que se ocupa com o tema do sofrimento: a Primeira Epístola de Pedro. Ele explica que a fé é provada e aprovada através do sofrimento (1 Pe 1.6-7). Portanto, em completa oposição à sociedade caracterizada pelo entretenimento e ao cristianismo que confunde discipulado com diversão e festa. Aos crentes da Ásia Menor, Cristo é apresentado como exemplo naquilo que sofreu, para que sigamos os Seus passos (1 Pe 2.21).

Jesus e o sofrimento
A Carta aos Hebreus menciona, inclusive, que nosso Senhor, “embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 5.8). Se isso foi válido para o Filho de Deus, quanto mais vale para nós! O servo, como se sabe, não está acima de seu Mestre.
Pedro diz ainda mais:

“Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado, para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus” (1 Pe 4.1-2).

Tema recorrente
Sofrimento e não prazer ou bênçãos materiais é o tema recorrente nas cartas dos apóstolos. Paulo chega a dizer:

“Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele” (Fp 1.29).

De forma semelhante, Pedro admoesta em sua carta:

“Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1 Pe 4.12-13).

Será que isso ainda é proclamado em nossa sociedade de consumo, que já chega a “celebrar” o discipulado e a vida cristã? Será que frases tão negativas não deveriam ser sumariamente riscadas da Bíblia? Não acabamos literalmente criando um outro evangelho, um evangelho de bem-estar, que afaga o ego e o velho Adão?

Sem rodeios
Aos coríntios, que igualmente estavam em perigo de exercer poder e “domínio”, Paulo escreve sem rodeios:

“Já estais fartos, já estais ricos; chegastes a reinar sem nós; sim, tomara reinásseis para que também nós viéssemos a reinar convosco. Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens. Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo; nós, fracos, e vós, fortes; vós, nobres, e nós, desprezíveis. Até à presente hora, sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação; até agora, temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos” (1 Co 4.8-13).

Isso soa como prazer, sucesso, conforto e prosperidade? É quase o oposto de tudo aquilo que hoje nos é apresentado simuladamente pelos “evangelistas da prosperidade” como se fosse o Evangelho de Cristo.

Negativo e derrotista?
Para que minhas palavras não sejam interpretadas como uma defesa do sofrimento e uma declaração de derrotismo cristão, devo mencionar que Deus deseja que “vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito” (1 Tm 2.2). Na mesma Carta a Timóteo está escrito:

“Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento” (1 Tm 6.17).

Somos gratos por toda a paz e pelo bem-estar que a graça de Deus tem nos concedido no mundo ocidental por um tempo admiravelmente longo. Mas fazer dessa realidade um evangelho é, brandamente falando, contradizer o espírito do Novo Testamento. O Senhor nos promete, sim, uma vida abundante (Jo 10.10), porque para os cristãos as questões primárias da culpa e do sentido da vida já estão resolvidas. Em obediência a Deus, o discípulo de Jesus pode ter, sim, muita alegria, alegria plena (1 Jo 1.4). Mas essa alegria é em primeiro lugar espiritual e não está, necessariamente, refletida no nível material.

Movido pela alegria
Quando Paulo ditou sua carta “movida pela alegria” aos filipenses exortando os crentes a “alegrar-se sempre” (Fp 4.4), ele próprio encontrava-se algemado na prisão.

Discutindo com os super-apóstolos
Em suas discussões com pregadores “poderosos” e triunfalistas, que Paulo chama ironicamente de “sábios”, “fortes”, “nobres” (1 Co 4.10), ele se gloria de sua própria fraqueza (2 Co 12.9), especialmente porque esses falsos mestres se vangloriavam de seu grande poder e de sua própria autoridade. Eles também passavam a idéia de que apenas através deles o mundo daquela época fora alcançado com um evangelho “poderoso” e “pleno” (2 Co 10.12-16). Paulo contrapõe a esses falsos apóstolos e obreiros fraudulentos, como também os chama, a extensa lista de seus próprios sofrimentos (2 Co 11.22-23), provando que ele era um apóstolo legítimo.
Isso ainda é pregado atualmente? Isso ainda é proclamado nos programas cristãos de televisão? Os apóstolos residiam em belas casas e lá ditavam suas cartas? A visão mais profunda dos mistérios do tempo da graça é fornecida por Paulo nas cartas aos efésios e aos colossenses, que ele escreveu quando se encontrava encarcerado. Em seu discurso de despedida em Mileto ele disse:

“o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações” (At 20.23).

Isso não soa como a expectativa por eventos especialmente prazerosos.

Vida de prazeres?
Humildade, lágrimas, provações, ciladas, cadeias e tribulações, de fato, uma vida “de prazeres”! Mesmo quando Paulo suplicou por uma vida física mais ou menos normal, sem o espinho na carne, seu pedido não foi atendido. Será que ele não deveria ter enfrentado essa limitação física com visualização ou pensamento positivo? Esse homem de Deus podia dizer de si mesmo: “...pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo” (2 Co 6.10). Devemos temer, com justiça, que muitos dos pregadores de sucesso de nossos dias literalmente invertem a ordem das coisas: “ricos, mas empobrecendo a muitos”.
Todo esse evangelho da prosperidade e do bem-estar é um cumprimento de 2 Timóteo 4.3, onde está escrito que os homens dos últimos dias cortejarão mestres por cujas palavras sentem coceira nos ouvidos, mestres que os agradem. Muitos gostariam de ouvir que Deus quer nos fazer grandes, ricos, saudáveis e poderosos. Essa era a mensagem dos amigos de Jó, que não conseguiam entender que Jó enfrentava tanto sofrimento por se encontrar dentro da vontade de Deus.

Uma geração hedonista
Esta é a mensagem para uma geração hedonista, como Paulo explicou: que os “crentes” dos últimos dias não apenas serão “amantes de si mesmos” (2 Tm 3.2, Ed. Revista e Corrigida) mas “mais amigos dos prazeres (tradução literal da palavra grega “philedonos”) que amigos de Deus” (2 Tm 3.4).
Será que Jesus também ofereceu uma falsa fé? Ele disse à igreja de Esmirna:

“Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o Diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

O oposto do triunfalismo
Isso é totalmente oposto ao atual triunfalismo do evangelho da prosperidade. É monstruoso o que é tolerado e propagado na cristandade contemporânea. Esta geração ocidental literalmente criou um evangelho resumido e derivado de seu hedonismo, de sua amoldagem ao espírito da época, de sua loucura por saúde, bem-estar e entretenimento, de seu desejo por prazeres carnais e de sua auto-estima.

Pobre, miserável, cego e nu
Talvez a melhor caracterização da situação espiritual desses pregadores e adeptos do evangelho da prosperidade e do bem-estar seja a declaração de Jesus Cristo a uma igreja próspera e abastada, mal acostumada ao sucesso, a igreja de Laodicéia:

“pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Ap 3.17).


Autor: Alexander Seibel
Fpnte: Estudo Gospel

domingo, 10 de abril de 2011

Eu quero ser um vaso novo

O profeta Jeremias foi chamado a descer à casa do oleiro para receber uma mensagem de Deus para a nação de Judá (Jr 18.1-6). Ali ele viu o oleiro trabalhando sobre as rodas, moldando o barro e fazendo dele um vaso novo. O vaso havia se estragado nas mãos, mas em vez do oleiro jogar o vaso fora, fez dele um vaso novo. Esse episódio encerra algumas preciosas lições:

1.
Deus não desiste de você, mesmo quando você falha em cumprir seu propósito (Jr 18.4). O oleiro não jogou no lixo o vaso que se lhe havia estragado nas mãos. Ele não o colocou num canto como algo imprestável. Ele não desistiu desse vaso, mas fez dele um vaso novo. Assim, também, Deus não desiste de você. Mesmo quando você se torna como um barro sem liga ou como um vaso estragado, Deus continua investindo em sua vida. Ele não abre mão de fazer de você um vaso novo. Deus não desiste de fazer um milagre em sua vida. Ele não abdica do direito que tem de fazer de você um vaso de honra, um vaso útil, preparado para toda boa obra. Mesmo quando você cai, fracassa e se desvia, Deus não considera você como sucata imprestável. Ele não olha você com desprezo. Como oleiro divino, ele investe em sua vida e transforma você, para que você cumpra os propósitos eternos que ele mesmo estabeleceu para sua vida.

2. Deus não faz apenas remendos em sua vida; ele faz de você um vaso novo (Jr 18.4). O oleiro não remendou o vaso que se lhe havia estragado nas mãos. Ele não se contentou com meias medidas. Ele fez um vaso novo. A obra de Deus em você é completa. Ele faz de você uma nova criatura. Ele não quer apenas uma reforma externa, um verniz de aparência. Ele quer dar-lhe uma nova vida, uma nova mente, um novo coração, uma nova família, uma nova pátria. Deus tem para você uma vida nova, com novos gostos, novas preferências, novos alvos, novos sonhos, novos compromissos. A vida com Cristo é novidade de vida. É vida santa, é vida no altar, é vida cheia do Espírito, é vida abundante, maiúscula, superlativa, eterna. A obra de Cristo em você é um milagre extraordinário. Portanto, você deve despojar-se dos trapos da murmuração e revestir-se com as vestes de louvor. Você deve largar para trás o espírito angustiado e cobrir-se com roupagens de louvor e óleo de alegria.

3. Deus não faz de você um vaso segundo o seu querer, mas um vaso segundo o seu propósito soberano (Jr 18.4). Deus fez do vaso que se lhe havia estragado nas mãos um vaso novo, segundo bem lhe pareceu. A obra de Deus em você não é conforme os ditames da sua vontade, mas conforme os propósitos soberanos do próprio oleiro divino. Deus tem o melhor para você. Os planos de Deus para a sua vida são mais elevados do que os seus próprios sonhos. O projeto de Deus para a sua vida são mais altaneiros que os seus próprios projetos. A vontade de Deus e não a sua deve prevalecer em sua vida. Ele é o oleiro, e você o barro. Não é o barro que manda no oleiro; é o oleiro que molda o barro. O oleiro tem o direito de fazer do barro o que lhe aprouver. O oleiro divino que molda você é o mesmo que espalhou as estrelas no firmamento e o mesmo que lançou os fundamentos da terra. O oleiro divino está empenhado em esculpir em você a beleza de Jesus. Seu projeto eterno é transformar você à imagem do Rei da glória. Ele lhe predestinou para você ser conforme à imagem do seu Filho. Deus jamais desistirá desse projeto. Seus planos não podem ser frustrados. Se preciso for, ele vai quebrar o vaso e fazê-lo de novo. Mas, jamais vai desistir de fazer de você, um vaso de honra.

Rev. Hernandes Dias Lopes

Fonte: Estudos Novo Tempo

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Cruz de Cristo - J.C. Ryle (1816-1900)

O que você pensa acerca da cruz de Cristo? Talvez você considere esta questão como algo de somenos importância; não obstante, dela depende intensamente o bem-estar eterno de sua alma.
Há mil e oitocentos anos atrás, houve um homem que disse gloriar-se na cruz de Cristo. Foi alguém que revirou o mundo de cabeça para baixo pelas doutrinas que pregava. De todos os homens que já viveram neste mundo, foi ele quem mais contribuiu para o estabelecimento do Cristianismo. E mesmo assim, foi este homem quem disse aos Gálatas:
“Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”, Epístola de Paulo Aos Gálatas 6.14

Leitor, a “cruz de Cristo” deve ser um assunto verdadeiramente importante para que um apóstolo inspirado fale de tal forma sobre ela. Deixe-me tentar demonstrá-lo o verdadeiro significado desta expressão. Uma vez reconhecendo o que significa a cruz de Cristo, com a ajuda de Deus você se tornará capaz de perceber a importância dela para a sua alma.

A palavra cruz, na Bíblia, algumas vezes faz referência à cruz de madeira na qual o Senhor Jesus foi cravado e posto para morrer, no Calvário. Isto é precisamente o que São Paulo tinha em sua mente quando falou aos Filipenses que Cristo “foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.8). Contudo, esta não era a cruz na qual São Paulo se gloriava. Ele esquivar-se-ia com horror da idéia de gloriar-se em um mero pedaço de madeira. Eu não tenho quaisquer dúvidas de que ele denunciaria a adoração católica romana do crucifixo como profana, blasfema e idolátrica.

A cruz, em outras vezes, é atinente às aflições e provações que os crentes atravessam pela causa da religião que professam, quando seguem a Cristo fielmente. Este é o sentido no qual nosso Senhor usa a palavra, quando diz: “Aquele que não toma a sua cruz, e segue-me, não é digno de mim” (Mt 10.38). Este também é o sentido no qual Paulo usa a palavra quando escreve aos Gálatas. Ele conhecia bem esta cruz. Deveras, ele a carregava pacientemente; no entanto, também não é sobre isto que ele está falando aqui.

Mas a palavra cruz também se refere, em alguns outros lugares da Escritura, à doutrina de que Cristo morreu pelos pecadores sobre a cruz, - a expiação que Ele fez pelos pecadores, por Seus sofrimentos em favor deles sobre a cruz – o completo e perfeito sacrifício pelo pecado que Jesus ofereceu quando deu Seu próprio corpo para ser crucificado. Em suma, este termo, “a cruz”, aponta para Cristo crucificado, o único Salvador. Este é o significado no qual Paulo usa a expressão, quando fala aos coríntios: “A pregação da cruz é loucura para os que perecem” (1 Co 1.18). E este também é o significado do que ele escreveu aos Gálatas: “Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. Ele está dizendo simplesmente isto: “Eu não me glorio em nada mais, exceto em Cristo crucificado, como a salvação de minha alma”.

Leitor, Jesus Cristo crucificado era a alegria e o deleite, o conforto e a paz, a esperança e a confiança, a fundação e o lugar de descanso, a arca e o refúgio, o alimento e o remédio da alma de Paulo. Ele não considerava que teria de executar algo por si mesmo ou padecer por si mesmo. Ele não era mediado por sua própria bondade e nem por sua própria retidão. Ele amava pensar naquilo que Cristo havia feito, e naquilo que Cristo havia sofrido - a morte de Cristo, a justiça de Cristo, a expiação de Cristo, o sangue de Cristo, a obra finalizada de Cristo. Nisto, sim, ele se gloriava. Este era o sol de sua alma.

Este era o assunto que sobre o qual ele amava pregar. O apóstolo Paulo foi um homem que percorreu a terra proclamando aos pecadores que o Filho de Deus havia derramado o sangue de Seu próprio coração para salvar-lhes. Ele caminhou por todos os lugares neste mundo falando às pessoas que Jesus Cristo as amava, a ponto de morrer pelos seus pecados sobre a cruz. Observe como ele diz aos coríntios: “Eu vos entreguei o que primeiro recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados” (1 Co 15.3); “eu me determinei a não saber de qualquer coisa entre vós, a não ser Jesus Cristo, e este crucificado” (1 Co 2.2). Ele – um blasfemo, fariseu perseguidor – havia sido lavado no sangue de Cristo; de tal modo a não poder deixar de sustentar sua paz sobre este sangue. Por isso ele nunca se cansava de falar da história da cruz.

Este foi o tema sobre o qual ele amava alongar-se quando escrevia aos crentes. É maravilhoso observar como suas epístolas geralmente são repletas dos sofrimentos e da morte de Cristo - como elas discorrem sobre "pensamentos que inspiram e palavras que ardem" sobre o amor e o poder das agonias de Cristo. Seu coração parece cheio deste assunto: ele discorre sobre isto constantemente e retoma o tema continuamente
. É o fio de ouro que perpassa todo seu ensino doutrinário, e todas as exortações práticas. Ele parece pensar que mesmo para o cristão mais maduro nunca é demais ouvir sobre a cruz.

Foi sobre isto que ele viveu toda sua vida, desde o tempo de sua conversão. Ele diz aos gálatas: “A vida que agora eu vivo na carne, vivo-a pela fé no Filho de Deus, o qual me amou, e a si mesmo se deu por mim” (Gl 2.20). O que o faz tão forte para o labor? O que o faz tão disposto para a obra? O que o faz tão incansável em esforçar-se para salvar alguns? O que o faz tão perseverante e paciente? Eu vou dizê-lo, qual o segredo disto tudo. Ele sempre se alimentava pela fé do corpo de Cristo e do sangue de Cristo. Jesus Cristo foi a comida e a bebida de sua alma.

E leitor, você pode estar convicto de que Paulo estava correto. Confiar nela, isto é, na cruz de Cristo, - a morte de Cristo sobre a cruz para fazer a expiação pelos pecadores – é a verdade central ao longo de toda a Bíblia. Esta é a verdade que encontramos logo ao abrirmos no livro do Gênesis. A semente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente - isto não é outra coisa senão uma profecia de Cristo crucificado. Deveras, esta é a verdade que brilha, por trás do véu, em toda a lei de Moisés e na história dos judeus. Os sacrifícios diários, o cordeiro pascal, o contínuo derramamento de sangue no tabernáculo e no templo - tudo isto são sombras do Cristo crucificado. E esta é a verdade que também vemos ser honrada na visão do céu, antes do fechamento do livro das Revelações: “Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto”(Ap 5.6). De fato, mesmo em meio à glória celestial nós encontramos uma visão de Cristo crucificado. Tire a cruz de Cristo, e a Bíblia será um livro obscuro. Ela seria como os hieróglifos egípcios, sem a chave que interpreta o seu significado – curiosa e maravilhosa, mas sem qualquer serventia real.

Leitor, observe bem o que eu lhe digo. Você pode conhecer uma boa porção da Bíblia. Pode conhecer os contornos das histórias nela contidas, e até a data dos eventos que a Bíblia descreve, assim como alguém pode conhecer a história da Inglaterra. Você pode conhecer os nomes dos homens e mulheres nela mencionados, assim como um homem conhece César, Alexandre o Grande, ou Napoleão. Você pode conhecer vários preceitos da Bíblia, e os admirar, assim como um homem admira Platão, Aristóteles, ou Sêneca. Mas se você ainda não descobriu que Cristo crucificado é o fundamento de cada livro, você tem lido a Bíblia até agora de modo muito pouco proveitoso. Sua religião é um céu sem um sol, um arco sem um fecho, um compasso sem uma agulha, um relógio sem molas ou valores, um candeeiro sem óleo. Ela não o confortará. Ela não livrará a sua alma do inferno.

Leitor, observe mais uma vez o que eu lhe digo. Você pode conhecer bastante acerca de Cristo, tendo alguma espécie de conhecimento intelectual. Você pode conhecer bem quem Ele foi, e onde Ele nasceu, e o que Ele fez. Você pode conhecer Seus milagres, Suas falas, Suas profecias, e Suas ordenanças. Você pode saber como Ele viveu, como Ele sofreu, e como Ele morreu. Contudo, pode-se conhecer o poder da cruz de Cristo experimentando-o; deveras - a menos que você saiba e reconheça que aquele sangue derramado sobre a cruz lavou seus próprios pecados particulares, e a menos que você esteja disposto a confessar que sua salvação depende inteiramente da obra que Cristo realizou sobre a cruz -, se não for esse o seu caso, Cristo não lhe será em nada proveitoso. Sim, o mero conhecimento do nome de Cristo jamais o salvará. Você deve conhecer a Sua cruz e o Seu sangue, ou então acabará morrendo em seus próprios pecados.

Leitor, enquanto você viver, tome cuidado com uma religião na qual não se ouve muito da cruz. Você vive em tempos nos quais a cautela, lamentavelmente, é necessária. Cuidado, eu repito, com uma religião sem a cruz.

Há centenas de lugares de adoração nestes dias, nos quais se encontram quase todas as coisas, exceto a cruz. Há carvalhos gravados, e pedras esculpidas; há vidros coloridos, e pinturas esplêndidas; há serviços solenes, e uma constante série de ordenanças; mas a cruz real de Cristo não há. Jesus crucificado não é proclamado no púlpito. O Cordeiro de Deus não é exaltado, e a salvação mediante a fé n’Ele não é livremente proclamada. E, por conseguinte, todos estes lugares estão em erro. Leitor, acautele-se de tais lugares de adoração. Eles não são apostólicos. Eles não haveriam de satisfazer a São Paulo.

Há milhares de livros religiosos publicados hodiernamente, nos quais se acham quase todas as coisas, exceto a cruz. Eles são plenos de direcionamentos sobre os sacramentos, e louvores da Igreja; eles abundam em exortações para uma vida santa, e em regras para a consecução da perfeição; eles apresentam fartura de fontes e cruzes, tanto interna quanto externamente; mas a cruz real de Cristo é deixada de fora. O Salvador e Seu amor agonizante tampouco são mencionados, ou o são de um modo anti-escriturístico. E, por conseguinte, todos estes livros são piores do que imprestáveis. Eles são não apostólicos. Eles jamais satisfariam a São Paulo.

Leitor, São Paulo não se gloriava em nada mais, a não ser na cruz. Esforce-se para também ser assim. Coloque Jesus crucificado sempre diante dos olhos de sua alma. Não ouça qualquer ensino que interponha algo entre você e Ele. Não caia no antigo erro dos gálatas. Não pense que alguém nestes dias seja melhor guia do que os apóstolos. Não se envergonhe das antigas veredas, nas quais percorreram homens que foram inspirados pelo Espírito Santo. Não deixe que a conversa vazia de homens que proferem grandes palavras dilatadas sobre a catolicidade, e a igreja, e o ministério, perturbem a sua paz, e o façam despreender-se da cruz. As igrejas, os ministros e os sacramentos são todos importantes a seu próprio modo, mas eles não são Cristo crucificado. Não dê a glória de Cristo a nenhum outro. “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”.

Leitor, pus tais pensamentos diante de sua mente. O que você pensa agora sobre a cruz de Cristo? Eu não posso dizer; mas não posso desejar a você algo melhor do que isto – que você possa ser capaz de dizer com o apóstolo Paulo, antes de você morrer ou apresentar-se ao Senhor, “Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo”. Amém.
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Fonte Josemar Bessa

terça-feira, 5 de abril de 2011

Culpados da lei, salvos pela graça

Deus nos dá a lei para levar-nos a reconhecer que existe algo de terrivelmente errado em nossa vida, e que a morte – morte espiritual – é a conseqüência fatal disso. Essa lei é um conjunto de princípios que irá aguçar nosso julgamento moral, para que possamos identificar o pecado. Os Dez Mandamentos constituem a essência básica da lei. Eles são como um grande aparelho de Raios-X, que revelam a estrutura óssea de nossa pecaminosidade. As primeiras quatro chapas dizem respeito ao nosso relacionamento com Deus. As outras seis abordam nosso relacionamento com os homens.

Estudando as Chapas

I “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx. 20:3).
Essa expressão “outros deuses” não se refere necessariamente a um buda de bronze ou a uma representação totêmica. Qualquer coisa que receber nosso interesse máximo é nosso deus. Mas nosso interesse máximo deveria concentrar-se em Deus. Somente ele é digno de nossa adoração. Jesus disse que o grande mandamento era amar a Deus de todo o coração, alma, mente e forças.

II “Não farás para ti imagem de esculturas” (Êx. 20:4).
O primeiro mandamento diz respeito ao Ser a quem adoramos. Este segundo refere-se à forma como adoramos. Somos instruídos a adorá-lo sinceramente, com o coração totalmente dedicado a Deus. “O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração.” (1 Sm 16:7.) Quando nos assentamos na igreja, cheios de religiosidade, mas ignorando a Deus, fazemos daquele templo um ídolo.

III “Não tomarás o nome do Senhor ten Deus em vão” (Êx. 20:7).
Isto não diz respeito apenas ao uso de imprecações, mas também a menção do nome da deidade, como Deus e Senhor, sem pensar no próprio Deus. Se cantamos as palavras de um hino maquinalmente, ou nos dizemos cristãos sem conhecermos a Cristo pessoalmente, estamos tomando o nome de Deus em vão.
Conta-se que Alexandre, o Grande, encontrou certa vez um indivíduo de caráter reprovável cujo nome era Alexandre. Então o general disse-lhe: “Ou transforme sua vida, ou mude de nome.”

IV “Lembra- te do dia do sábado para o santificar.” (Êx. 20:8.)
De cada sete dias, um é designado pelas Escrituras para adoração especial e descanso. Jesus disse: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.” (Mc. 2:27.) Isto quer dizer me precisamos deste dia especial. Deus, em sua sabedoria, afirma que nosso corpo precisa desse dia para observar um tempo de descanso, assim como nosso espírito precisa dele para o culto. O costume de algumas pessoas de utilizar os fins de semana para prolongados períodos de lazer e entretenimento excluindo a adoração a Deus, implica em que perdem tanto os benefícios do lazer como os do culto.
Sabemos que uma nação ou indivíduo que trabalha sete dias por semana sofre danos físicos, psicológicos e espirituais. Todo tipo de maquinaria precisa de uma cessação ocasional.

V “Honra a ten pai e tua mãe.” (Êx. 20:12.)
Este texto não coloca limite de idade para esta honra. Tampouco diz que os pais devem ser pessoas honradas, para merecerem honra. Isso não significa, porém, que temos que “obedecer” pais que talvez sejam desonrosos. Não somente durante a nossa infância, mas enquanto nossos país viverem, temos que honrá-los, se é que queremos obedecer a Deus. Essa honra tem muitos aspectos: afeição, apoio moral, ajuda financeira, respeito. No entanto, em nossos lares, ouvem-se mais palavras ásperas que qualquer outra coisa. Dizemos a nossos país coisas que nunca dizemos a amigos, no trabalho ou na igreja.

VI “Não matarás.” (Êx. 20:13.)
O ato do assassinato propriamente dito é a culminância de muitas emoções. Por trás dele, acham-se atitudes de irritação, inveja e ódio. Disse Jesus: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão está sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno do fogo.” (Mt. 5:21,22.) Será que alguém é capaz de dizer que nunca se irritou contra alguém? Todos nós somos culpados da transgressão desta lei mesmo que nunca tenhamos tirado a vida de ninguém.

VII “Não adulterarás.” (Êx. 20:14.)
Ele não implica apenas em desonrar a própria esposa ou o próprio marido, mantendo relações sexuais com outra pessoa; diz respeito também à mentalidade que está sempre preocupada com o sexo. Diz respeito ao ato de olhar para um homem ou uma mulher com intenção ou desejo lascivo. Para Deus, a pureza é, primeiramente, uma atitude do coração, depois então é um ato.
Com as coisas nestes termos, é possível que o leitor diga: “Isto é ridículo. Ninguém consegue obedecer este mandamento fielmente.” E estará com toda razão.

IX “Não dirás falso testemunho contra o ten próximo.” (Êx. 20:16.)
Pensamos sempre que testemunha é uma pessoa que comparece a um tribunal para prestar declarações. Se na cadeira de testemunhas mentirmos dizendo: “Mas, meritíssimo, esse homem provocou meu cachorro, e por isso ele o mordeu. Ele bateu em meu cachorro com uma vara, e então o animal o atacou em autodefesa”, quando, na realidade, o cão abocanhara a perna do vizinho sem qualquer provocação, então estaremos mentindo. Mas, e se se trata de um mexerico “inocente”? O mandamento foi transgredido do mesmo modo.

X “Não cobiçarás.” (Êx. 20:17.)
Quando tomamos algo que não nos pertence, isso é roubo. Roubar é um ato; cobiçar é uma atitude. Quando desejamos algo que pertence a outrem, isto é cobiça. Quantos casamentos têm terminado em divórcio, simplesmente porque um homem começou a pensar mais nos atributos da mulher do próximo, do que na sua? Este mandamento diz que não podemos cobiçar nada, e isto inclui o carro, o aparelho de TV do próximo e até sua tenda de camping.

O Diagnóstico do Raio-X
Será que alguém, pode ler e entender os mandamentos sem sentir-se incriminado por eles? Eles revelam a situação do nosso coração. O apóstolo Tiago comentou que até mesmo um só mandamento transgredido é suficiente para destruí-nos. Se estivermos suspensos sobre um abismo, seguros por uma corrente de dez elos, quantos deles precisam romper-se para que caiamos no abismo? “Pois, qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.” (Tg. 2:10.)
A Bíblia e nossa consciência nos dizem que erramos o alvo seriamente, e que somos pecadores. O que um Deus santo faz? Como Deus age com relação a nossos pecados?
Temos uma resposta a respeito disso nas palavras de um jovem que se tornou dolorosamente cônscio do mandamento: “Não furtarás.” Disse ele: “Minha vida não era propriamente um mar de rosas. Antes de completar treze anos, eu já era ladrão, tanto no coração como em palavras e ações. Fui preso muitas vezes. Cumpri termo num reformatório, e, depois que saí, em menos de uma semana, estava roubando de novo.” Disse que sua família desistiu dele completamente, e que achava que seu futuro estava destruído. Certa noite, ele ouviu a pregação do evangelho pela televisão, arranjou uma Bíblia e começou a lê-la. Em seguida, ele pediu a Cristo que o perdoasse por seu passado pecaminoso. Atualmente ele está esperando em Cristo, para que assente novas bases para sua vida e lhe dê um novo futuro.
Como Deus pode perdoar-nos? O que acontece quando o pecado se torna uma constante em nossa vida? E se somos arrastados pela síndrome do pecado? Existe alguma esperança para nós?
Se não houvesse esperança, eu não estaria escrevendo postando este artigo. Se não houvesse possibilidade de uma solução, você não o estaria lendo.
JESUS CRISTO! É a unica esperança. Ele bebeu o cálice da ira de Deus pelo fato de nós termos quebrado sua Lei. Agora Deus pode salvar-nos da condenação eterna se aceitarmos à Cristo e vivermos por sua Palavra.

Fonte: Evangelho Hoje

sábado, 2 de abril de 2011

Morrer Para Si Mesmo




Tome a Sua Cruz


Lucas 9:23-24 (NVI) Jesus dizia a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida a perderá; mas quem perder a vida por minha causa, este a salvará.

Notas de Estudo NVI: "Este é o quadro de um homem já condenado, que carrega a viga da sua própria cruz ao lugar de sua execução. Os discípulos da Galiléia sabiam o que isso significava, pois centenas de homens haviam sido executados desta forma naquela região".


ESTAMOS REALMENTE SEGUINDO A CRISTO?

Modernamente, o equivalente seria andar pelo corredor que vai dar na Cadeira Elétrica. A morte é o destino, e estamos participando em uma procissão fúnebre. Pelo menos não somos os primeiros e esperamos que não estejamos sozinhos. Se "negarmos a nós mesmos", e nos entregarmos à morte, não colocaremos qualquer esperança neste mundo. Quando "tomamos nossa cruz" é como se todas as paixões e desejos da carne estivessem condenados.

Lucas 14:25-33 (RA) Se alguém vem a mim, e não aborrece [`odeia'] a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz, e vier após mim, não pode ser meu discípulo. Pois, qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem deles,... Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo.

A.W.Tozer: "Dentre os `santos de plástico' de nossos dias, Jesus tem que proporcionar o morrer". Em outras palavras, as pessoas não querem se comprometer com o evangelho. Elas não querem negar a si mesmas, tomar a sua cruz, e viver o que nos é ordenado. Gostamos muito de ouvir sermões sobre a morte de Jesus, mas não queremos nos considerar mortos para o pecado (Rom. 6:11).

A SENTENÇA DE MORTE


Gálatas 5:24 (Jer) Vós não podeis pertencer a Cristo Jesus a não ser que crucificais todas as suas paixões e desejos.

Gálatas 5:24 (TEB) E aqueles que pertencem a Cristo Jesus mortificam sua natureza humana, com todos suas paixões e desejos.

1 Pedro 2:24 (RA) Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nosso pecados, para que nós, mortos aos pecados, vivamos para a justiça...

CONSIDERE-SE MORTO

T. Austin-Sparks: "Nós não temos que morrer; nós estamos mortos. O que temos que fazer e aceitar a nossa morte... [No] batismo... nós vamos lá e dizemos, "A posição que Deus estabeleceu para mim é a que estou aceitando agora, e eu testifico aqui, desta forma, que aceito a posição de Deus para mim, a saber, que na Cruz eu fui morto".

Colossenses 3:3-7 (Phi) Pois, o que diz respeito a este mundo, vocês já estão mortos e sua verdadeira vida está oculta em Deus, através de Cristo. Um dia, Cristo que é a sua vida, se revelará abertamente, e todos vocês compartilharão desta magnífica revelação. Considerem-se mortos aos contatos deste mundo: não se associe com imoralidade sexual, impureza mental, paixões descontroladas, desejos maus, e a cobiça das coisas dos outros, que é o mesmo que idolatria.  exatamente por causa destas coisas que a ira de Deus vem sobre aqueles que se recusam a obedecê-lo. E nunca esqueçam que vocês faziam parte destas coisas terríveis quando viviam naquela velha vida.

Romanos 6:11 (KJV) Da mesma forma, considerai-vos como mortos...

Romanos 6:11 (TEB) ... vejam vocês mesmos como mortos para o pecado...

Romanos 6:11 (NVI) Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus...

Romanos 6:11-14 (Phi) Da mesma forma, vejam-se como mortos para o sedução e poder do pecado mas vivos para Deus através de Cristo Jesus nosso Senhor. Não permita, então, que o pecado estabeleça qualquer tipo de poder sobre o corpo mortal de vocês para que vocês não se deixem levar por suas concupiscências. E nem entreguem os membros de seu corpo como armas do mal utilizadas para os propósitos do diabo, como outrora costumavam fazer. Mas, como homens resgatados da morte certa, coloquem-se nas mãos de Deus, como armas de bondade para Seus propósitos. Pois o pecado não pode nunca ser o mestre de vocês - vocês não vivem mais sob a lei, mas sob a graça.

Romanos 7:4-6 (Phi) Portanto, meus irmãos, a morte de Cristo na cruz os fez "mortos" aos requerimentos da Lei, e vocês estão livres para entregar-se a si mesmos... a um outro, aquele que foi ressuscitado dentre os mortos [Cristo], para que sejamos frutíferos para Deus. Enquanto estávamos "na carne", a Lei estimulou nossas paixões pecaminosas e operaram na nossa natureza a ponto de nos tornarmos frutíferos - para a morte! Mas agora que estamos livres da lei, os requerimentos que existiam foram dissolvidos pela nossa "morte", e estamos livre para servir a Deus, não segundo a obediência a letra da lei, mas de um jeito novo, no Espírito.

Romanos 8:12-13 (NEB) Como consequência, meus amigos, nossa natureza degradável não tem mais poder sobre nós; nós não somos mais obrigados a viver naquele nível. Se vocês assim o fizerem, terão que morrer. Mas se pelo Espírito vocês mortificarem todas as paixões do corpo, vocês viverão.

João 12:24-25 (NVI) Digo-lhes verdadeiramente que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto. Aquele que ama a sua vida, a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste mundo, a conservará para a vida eterna.

Romanos 12:1-2 (Phi) Com nossos olhos completamente abertos para as misericórdias de Deus, eu suplico a vocês, meus irmãos, para que num ato de adoração inteligente, vocês apresentem seus corpos como sacrifício vivo, consagrado a Deus e aceitável por Ele. Não deixe o mundo ao seu redor colocar vocês em um molde, mas deixem Deus refazer vocês, para que toda a sua atitude mental sejam mudada...

T. Austin-Sparks: "A única maneira de encontrarmos o céu aberto é através da morte e de uma crise que nos leva ao fim da nossa própria vida. E a crise da identificação através da experiência com Cristo em Sua morte".

Romanos 6:2-4 (Phi) ... nós que morremos para o pecado - como podemos viver um momento sequer em pecado? Vocês esqueceram-se que todos nós que fomos batizados com Jesus Cristo compartilhamos sua morte através de sua crucificação? Nós morremos e fomos sepultados com ele no batismo, para que, assim como ele foi levantado da morte pela esplêndida revelação do poder de Deus - assim também nós fomos ressuscitados para a vida em um nível totalmente novo.

Gálatas 6:14 (RA) Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo.

"HOMENS MORTOS"

Deixe a sedução do pecado te atingir como se estivesse atingindo um cadáver.

Romanos 6:5-7 (Phi) Se nós compartilhamos de sua morte, como de fato compartilhamos, também compartilharemos em sua ressurreição. Nunca nos esqueçamos que nosso velho homem morreu com ele na cruz para que a tirania que o pecado tem sobre nós seja quebrada - pois homens que morreram certamente estão livres do poder do pecado.

Romanos 6:8-10 (Phi) E se somos homens mortos com Cristo, podemos crer que da mesmo forma seremos homens que vivem com ele. Temos certeza que o Cristo ressurreto nunca morrerá novamente - o poder da morte para dominá-lo acabou. Ele morreu uma vez por causa do pecado; mas ele vive para Deus eternamente.

Romanos 6:11 (LB) Portanto, olhem para a sua velha natureza pecaminosa como morta e apática ao pecado; em contraste, vivam para Deus, atentos a ele, através de Jesus Cristo nosso Senhor.

VIDA APÓS A MORTE

Colossenses 2:12,14,20 (RA) Tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos... tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz... Se [realmente] morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças?

2 Timóteo 2:11 (Phi) Eu me apoio no ditado: "Se morremos com ele, com ele também viveremos".

2 Coríntios 5:15,17 (Phi) Nós vemos dessa forma: se um homem morreu por todos os homens, então, em certo sentido, todos eles morreram, e seu propósito em morrer por eles é que eles não devem viver suas vidas para si mesmos mas para aquele que morreu por eles... Pois se um homem está em Cristo ele se torna uma pessoa totalmente nova - o passado já não mais existe, tudo se torna fresco e novo.

Tito 2:11-12 (NVI) Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente.

Efésios 4:22-25 (BLH) E, quanto a antiga maneira de viver, abandonem a velha natureza de vocês, que está sendo destruída pelos seus maus desejos. Os seus corações e as suas mentes devem ser completamente renovados. Vistam-se com essa nova natureza, que Deus criou de acordo com a sua própria natureza e que se mostra na vida verdadeira, que é correta e dedicada a ele. Por isso não mintam mais. Cada um fale a verdade com seu irmão...

Gal. 2:19-20 (Phi) Porque mediante a Lei eu "morri", e estou morto para as exigências da Lei, para que eu possa viver para Deus. Eu morri na cruz com Cristo. E o meu presente viver não é mais o mesmo do velho "eu", mas o Cristo vivo dentro de mim. A vida que vivo presentemente no meu corpo, vivo-a crendo no Filho de Deus, que me amou e se sacrificou por mim.

Colossenses 3:1 (NVI) Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto...

LEVANDO O PREÇO EM CONSIDERAÇÃO

C.S.Lewis: "A coisa mais terrível, quase impossível, é entregar o seu ser totalmente - todas as suas vontades e precauções - a Cristo."

Cristo disse: "Entreguem Tudo. Não é o seu tempo, seu dinheiro, ou seu trabalho que é mais importante para mim: Eu quero você. Eu não vim para atormentar o seu ser natural, mas para mata-lo. Nenhuma outra medida seria suficiente. Eu não quero cortar um galho aqui e outro ali, eu quero que a árvore seja cortada. Eu não quero trabalhar no dente ou colocar uma coroa nele, mas sim extraí-lo. Entreguem o seu ser natural completamente, todos os seus desejos, os considerados inocentes e aqueles considerados maus - todo seu ser. Eu lhes darei um novo em troca. Na verdade, eu lhes darei a Mim mesmo: Minha própria vontade se tornará a sua vontade."

Quando eu era criança eu costumava ter dores de dente frequentemente. E sabia que se eu dissesse para a minha mãe, ela iria me dar algo para anestesiar a dor a fim de que eu pudesse dormir durante a noite. Mas eu não falava para a minha mãe - pelo menos enquanto a dor não se tornasse insuportável. E esta é a razão. Eu não tinha dúvidas que ela me daria uma aspirina; mas eu sabia que algo mais iria acontecer. Eu não receberia dela somente o que eu queria, mas algo mais, que eu não queria. Eu queria um alívio imediato, mas eu não conseguiria isto se meu dente não fosse tratado de forma permanente. E eu sabia como os dentistas operavam; eu sabia que eles começavam o tratamento mexendo em dentes que ainda não estavam doendo. Se você desse uma laranja para eles, eles tomavam o pé inteiro.

Agora, vejamos nosso Senhor como os dentistas. Se você lhe der um centímetro, ele requererá um quilometro. Dezenas de pessoas vão a Ele para serem curadas de pecados específicos, que lhes causam vergonha... ou que esteja interferindo com sua vida diária (como temperamento ruim ou alcoolismo). Bem, Ele os curará: mas Ele não parará ai. Pode ser que isto seja tudo que você pediu; mas quando você clama por Ele, Ele lhe dará um tratamento completo. É por isso que ele alertou as pessoas para que elas "considerassem o PRE€O" antes de se tornarem cristãs. "Não se enganem", Ele diz, "Se você deixar, eu o farei perfeito. O momento em que você se coloca nas minhas mãos, é exatamente isso que farei. Nada mais, nada menos que isso.

"Qualquer que seja o custo do sofrimento nesta vida terrena... o que quer que Me custe, eu nunca descansarei, nem deixarei vocês descansarem, até que vocês sejam literalmente perfeitos - até que meu Pai possa dizer sem reserva que Ele se agrada com vocês, assim como Ele disse que se agradou comigo. Isto eu posso fazer e o farei. Contudo, não farei nada menos que isto."

O alvo para o qual Ele está nos guiando é a perfeição absoluta; e nenhum poder em todo o universo, a não ser nós mesmos, pode impedí-lo de nos levar àquele alvo. Este é o propósito da caminhada, e é muito importante que compreendamos isso. Se não entendermos, provavelmente iremos resistí-lo após andarmos com Ele por um período. Eu acho que quando Cristo nos capacita para vencer um ou dois pecados que estavam incomodando, muitos de nós somos inclinados a sentir (apesar de não verbalizarmos) que já somos perfeitos o suficiente. Ele fez tudo o que queríamos que Ele fizesse. Nós nos acomodaríamos se Ele não continuasse nos ajudando. Mas este é um erro fatal... A questão não é o que nós queremos ser, mas o que Ele pretendeu que fôssemos quando Ele nos fez...

Imagine-se como uma casa viva. Deus vem e reconstrói a casa. A princípio, você compreende o que Ele está fazendo. Ele está tapando os buracos e concertando o telhado para que não haja mais goteiras, e assim por diante. Você sabe que esse tipo de trabalho precisa ser feito, portanto não se surpreende. Mas de repente Ele começa a atingir a casa de um jeito que dói tremendamente e não faz sentido algum. O que Ele está fazendo? A explicação é que Ele está construindo uma casa muito diferente do que você esperava, colocando um compartimento extra aqui, mais piso ali, construindo torres, fazendo jardins. Você pensou que se tornaria numa pequena, porém decente casa de campo; mas Ele está construindo um palácio. Ele mesmo pretende morar no palácio!
http://www.acts17-11.com/portuguese/morte.html
Fonte: Estudo Bíblico Atos
Jesus - A Simples Verdade